24 de set. de 2012

Brincadeiras que estimulam a coordenação motora



Como estimular a coordenação motora nas crianças? Além de serem lúdicas, brincadeiras tradicionais, passadas de pai para filho, podem ser feitas com essa finalidade.
 
Além de serem lúdicas, brincadeiras tradicionais, passadas de pai para filho, podem ser feitas com essa finalidade. Quem não brincou de amarelinha durante a infância? Esse tipo de jogo deve ser incentivado, porque além de fazer com que a criança interaja com outras da mesma idade, favorece o aumento da coordenação, equilíbrio e concentração. Até mesmo ajuda na memorização dos números. Pular corda, por sua vez, além de ser um ótimo exercício físico, também para adultos, favorece o conhecimento e o controle do tempo e do ritmo. As puladas ainda auxiliam a melhorar a coordenação dos membros do corpo, assim como as corridas do pega-pega.
 
As bolas não custam caro e podem ajudar na coordenação motora e no alcance do equilíbrio. Contribuem também para o desenvolvimento da criatividade, na medida em que as crianças podem interagir de diferentes formas com os objetos. A brincadeira com as bolas – que podem ser pequenas, médias ou grandes – também trabalha a noção de espaço.
Quanto aos jogos, os quebra-cabeças podem ser um excelente exercício para os pequenos. Montar um quebra-cabeça incentiva a concentração e a coordenação motora. A noção de espaço é outra habilidade estimulada pela brincadeira, já que o jogador precisa encontrar o local certo para encaixar cada uma das peças.
 
Já o jogo de varetas estimula a coordenação motora , ajuda no aumento da atenção e no desenvolvimento do raciocínio lógico das crianças. Elas precisam criar uma solução para mexer uma vareta, e tirá-la do lugar, sem atrapalhar e derrubar as outras. Esse é o grande benefício dos jogos de raciocínio, porque trabalham com a capacidade das crianças de montarem estratégias para vencer as disputas.
Com o objetivo de contribuir com o aprendizado dos filhos, os pais podem interagir nas brincadeiras e até montar teatros e usar fantoches. Desta forma, se estimula a fantasia e a imaginação dos filhos. Quanto aos brinquedos, uma boa opção para presentear as crianças são os brinquedos de montar. Os pequenos ficam curiosos para montar e desmontar os brinquedos, se exercitam fisicamente e usam os sentidos da visão e do tato.

Fonte: http://www.mundodastribos.com/brincadeiras-que-estimulam-a-coordenacao-motora.html

Algumas sugestões para a intervenção cognitiva: solução de problemas com base no afeto

 
Durante o dia, há muitas situações que acontecem que são uma oportunidade para incentivar a criança a pensar e resolver problemas. Situações que não são esperadas e elas precisam comunicar o que querem obter.
Embora seja verdade que a repetição das mesmas coisas e antecipação diminui a ansiedade, e pode tornar o aprendizado mais fácil; experimentar variações inesperadas ou "surpresas" pode incentivar a criança a alcançar o que é mencionado acima (resolver um problema de comunicação)
Quando o adulto que trabalha com a criança responder às "surpresas," com curiosidade e interesse, estarão ajudando a criança quanto à sua tolerância e interesse em tudo "novo".
Caso a criança fique com medo ou se sinta muito frustrada, e seu comportamento se altere (nervoso ou irritado), é importante fornecer a mediação necessária para acalmar e ajudar a organizar e resolver o problema.
OBJETIVOS:
• Aumente a atenção - esteja mais alerto e consciente das mudanças. Perceba se a criança está enfrentando um “obstáculo” sensorial (discriminação auditiva, visual ou em outro sentido). Perceba o problema.
• Incentive a iniciativa - ajude a criança a tomar mais iniciativa e ser menos passivo. Isto significa,  não dar tudo que é solicitado automaticamente. Dê a oportunidade para a criança, reconhecer o problema e começar a fazer algo para solucioná-lo.
• Flexibilidade – ajude a criança a tornar-se mais flexível. A repetição torna a vida mais previsível. Ajude a perceber os pequenos problemas e aprender com eles.
 
• Planejamento motor – ajude a criança no sequenciamento de ações mais complexas. Se a criança tem dificuldade no planejamento motor é importante a vivencia em um atividades que tenham diversas partes, para que a criança comunique o que quer por gestos, palavras ou ações.
• Incentive a "trabalhar" – peça para a criança a participação no “trabalho” em casa, dê uma função social no ambiente familiar; assim você estará encorajando a competência, organização e participação no dia a dia da família. Há muitas tarefas de casa, que requerem sequenciamente, trabalho com as duas mãos, como por exemplo: pendurar roupas.

Identifique oportunidades para a SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
 
Para identificar essas oportunidades para a solução de problemas, comece a pensar em tudo o que você faz com a criança durante o dia:
 
  o que você faz rotineiramente pela criança;
  o que a criança espera que você faça;
• o que a criança faz por si mesma;
• o que a criança quer e o onde você precisa ir
• pense nos desafios diários.
Você pode pensar em coisas que estão sob cada item e começar
para "criar mudanças ou problemas".
Por exemplo: se a criança senta para comer e não há talher, o que ela faria ? Se na hora de colocar as meias, você as coloca na mão da criança ? Se o briquedo está distante e a criança quer, o que você faz ?
Comece a pensar em muitas e pequenas situações que você pode modificar no ambiente da casa, e que a criança para resolver deverá ampliar a forma de se comunicar.
É muito provável que a criaça se sinta frustada, irritada e surpresa com a nova situação. Então, aproxime-se da criança e ofereça apoio para ajudá-la. Tente entender o problema e ajude a criança a se organizar.
(Sugestões extraídos literalmente de notas do Dr. Wieder Serena, materiais em seu curso de formação, "Fundamentos para o Buliding Crianças e Famílias ", New York Conferência, 20 de junho de 21, 2004). De Maria Aggio

8 de set. de 2012

Sindrome de Down - Sugestões para crianças de 2 à 5 anos


Nesta fase da vida, surge a função simbólica, que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação. Neste momento, a criança passa a ser capaz de construir a imagem mental de um objeto, mesmo que ele não esteja mais lá.


Nesta fase também, a criança passa a explorar e conhecer outros ambientes, que vão além do familiar. Ela começa a se socializar, poderá ir à escola ou creche e o aprendizado toma outra forma. É importante que, nesta fase, comece a se dar limites para a criança, pois ela já consegue esperar por determinada situação. Os conceitos de tempo e espaço passam a fazer mais sentido.

Pode-se ainda estimular a criança a expressar suas necessidades, construir brincadeiras e ter acesso a brinquedos que a ajudem a entender melhor o mundo. Sua independência e autonomia começam a se desenhar nessa fase e são fundamentais para o futuro, quando ela estiver na escola, e na adolescência.

Também nessa fase, ela começa a aprender noções de higiene. A idade varia, mas vale começar a ensinar a criança a usar o banheiro. Mas, atenção: o processo pode ser longo e requer paciência e planejamento dos pais. E se a criança responder de modo muito negativo, evite uma guerra, adiando o treinamento.

Também é nessa idade que ensinamos às crianças a tomar banho sozinhas. Você pode pegar uma esponja e um boneco na hora do banho, para que a criança aprenda lavando o boneco. Depois, vá nomeando as partes do corpo que a criança deverá lavar sozinha. Tomar banho, escovar os dentes e pentear o cabelo sozinho são atividades que requerem, inicialmente, supervisão e devem ser ensinadas do mesmo jeito: primeiro, vendo os outros, depois fazendo em bonecos e depois em si mesmo.

A sociabilização também é muito importante nessa fase. Aprender regras sociais, dividir brincadeiras, pedir e emprestar brinquedos são parte deste processo. Fale com a criança e estimule-a a contar suas experiências. Preste atenção no que ela fala, valorize o que está falando. Use sempre “obrigado” e “por favor” quando falar com a criança, inclua-a na conversa sempre que possível e evite responder por ela.

A estimulação nessa fase também é riquíssima em atividades lúdicas. Música, dança, pintura, argila e massinha são algumas das atividades prazerosas que auxiliam no desenvolvimento motor e intelectual.

Brincar de faz-de-conta, contar histórias e ajudar a criança a lembrar o que foi feito durante o dia também são atividades muito importantes para a memória e ajudarão a criança a não fazer as coisas mecanicamente.

O que é importante nessa fase?

Ideias e sugestões
- Use brinquedos de causa e efeito, estimule a criança a entender que suas ações têm consequências diretas sobre o ambiente.
- Use brinquedos que reproduzam atividades cotidianas, como panelinhas, frutas e bichinhos, mostre-lhe como essas coisas funcionam.
- Estimule a criança a identificar o outro objeto, o igual, para ajudá-la a trabalhar o conceito de igual e diferente, que serão importantes para a continuidade do aprendizado.
- Ofereça massinha para a criança brincar, com moldes geométricos, de formas de bichos etc.
- Apresente encaixes de formas geométricas, associação entre cores e formas, trabalhe conceitos de tamanho (grande-pequeno), formas (círculo, quadrado, triângulo), dentro e fora.
- Estimule a criança a imitar gestos, fazer gestos acompanhando músicas infantis e, pouco a pouco, dispense os modelos e deixe-a fazer os gestos por iniciativa própria.
- Estimule a criança a explorar o brinquedo de forma mais elaborada, como virar o objeto, cheirar, apertar e sentí-lo com as duas mãos, separar e retirar peças, ouvir o som que o brinquedo produz, chacoalhá-lo. Evite que a criança coloque o brinquedo na boca ou o jogue para longe como única forma de exploração.
- Deixe que a criança tenha uma participação maior nas atividades diárias, peça ajuda na hora de colocar a roupa e peça que lave as mãos e se ensaboe na hora do banho. Ajude a criança, mas não faça por ela. Divida as atividades em partes.
- Estimule a criança a desenhar no papel ou num quadro negro, ofereça giz de cera ou normal em tamanhos menores, para desenvolver o movimento de pinça dos dedos.
- Leia livros infantis para a criança e estimule-a a recontar as histórias. No começo, leia histórias curtas.
- Dê oportunidade para que a criança brinque na areia, fazendo castelos ou bolos de areia, usando balde, pá, etc
- Mostre o máximo estímulos diferentes para a criança e permita que ela tenha diferentes experiências que vão facilitar seu aprendizado ao longo da vida.
- Desde sempre, crie rotinas para a criança e organize o ambiente do qual ela faz parte. Insista que ela conclua as atividades e guarde os brinquedos ao fim.
(Fonte: Guia do bebê com síndrome de Down – dr Zan Mustacchi)

Sindrome de Down - Sugestões para crianças de 0 à 2 anos


Neste período, a relação entre mãe e bebê, e família e bebê, é essencial para a constituição e amadurecimento desta criança. Esta fase é rica em transformações e é quando o bebê amadurece neurologicamente e inicia seu processo emocional. As experiências vividas nesssa fase da vida contibuem imensamente para a constituição da personalidade e das primeiras experiências motoras e cognitivas, que terão papel primordial na relação que ele estabelecerá com o ambiente nas idades e fases futuras.

Esta fase é chamada por Piaget como período sensoriomotor, pois é quando a criança  desenvolve sua inteligência prática e sua noção de mundo é construída por meio da percepção e da ação. Essas primeiras interações são fundamentais no desenvolvimento do pensamento, da cognição e da percepção.

A criança com síndrome de Down vai desenvolver sua discriminação sensorial como qualquer outra criança, por meio de suas vivências diárias. Mas se elas tiverem a chance de variar essas experiências a cada dia, vão desenvolver de maneira mais adequada habilidades de antecipação, identificação e ajuste das musculaturas das mãos e braços.

O que é importante nesta fase? 

Ideias e sugestões
- Aproximar pernas e braços da criança quando ela está deitada.
- Pendurar um móbile, feito com formas grandes, tecidos coloridos e diferentes texturas, a uma altura de 30 cm da criança deitada, no berço.
- Deixar a criança viver diferentes experiências sensoriais usando objetos do dia a dia, como cascas de frutas, esponjas com diferentes texturas, deixar que o bebê sinta no corpo sensações de diferentes materiais.
- Explicar a rotina para a criança, conversar com ela durante as atividades diárias.

- Aproximar o rosto da mãe do rosto do bebê. O rosto apresenta várias formas e cores, e o bebê vai acompanhar e notar as mudanças, como um batom, por exemplo.

- Ajudar o bebê a tocar os dedos do pé.

- Trabalhar com o bebê que ainda não se senta sozinho com apoio em cadeirão ou cadeirinha de carro. Pode-se usar toalhas enroladas para apoiá-lo, impedindo que caia para o lado.

- Trabalhar com a criança sentada, no meio das pernas da mãe, estimulando que traga o brinquedo para o meio e os passe de uma mão para a outra.

- Esconder objetos que interessam a criança e estimulá-la a procurar (“Achou!”), para estimular a compreensão da permanência, ou seja, mostrar que o objeto continua lá, mesmo quando não o vemos.

- Permitir que a criança fique com os parentes quando a família está reunida.

- Deixar a criança com a mãe enquanto ela estiver cozinhando, para que ela possa mexer na comida, sentir cheiros e texturas, obviamente, com atenção à segurança.

- Expor a criança a estímulos diferenciados. Mostrar coisas que ela não conhece, como por exemplo, levá-la a um jardim e deixar que brinque na grama, com flores e troncos de árvores.

- Colocar brinquedos a uma certa distância, para estimular a criança a se arrastar até eles.

- Posicionar brinquedos ao lado do bebê para estimular a lateralidade, reação de apoio e descarga de peso nos braços.

- Colocar objetos e brinquedos em uma mesa baixinha, estimulando a criança a ficar em pé e liberar os braços.

- A partir de um ano de idade, mostrar para a criança a função dos objetos do dia a dia, como por exemplo, mamadeira, bola, telefone.

- Trabalhar ações de causa e consequência para que a criança aprenda que tem influência sobre o meio. Existem brinquedos que trabalham isso, como os que têm botões que você aperta provocando uma ação (música, ou um boneco que pula de uma caixa, por exemplo).

- Propor atividades em que a criança coloque e tire brinquedos de dentro de uma caixa ou lata.

- Brincar de empilhar blocos e copos, ou de colocar copos um dentro do outro.

- Trabalhar a coordenação motora e a relação de tamanho entre os objetos e cores com argolas que são colocadas em um eixo.

- Oferecer à criança livros infantis com figuras grandes e diferentes texturas, deixar que ela os manuseie.

- Usar gelatina para mostrar a transformação do material, e a possibilidade de a criança explorá-lo e experimentá-lo.

- Estimular a criança a se alimentar sozinha pegando pedaços de frutas com as mãos; usar a colher com a supervisão de um adulto.

- Estimular a criança a segurar a mamadeira ou o copo infantil sozinha, com as duas mãos, bem como a caixinha de suco ou achocolatado.

- Pedir ajuda da criança na hora de trocar a roupa, por exemplo, deixando que ela faça parte sozinha e pedir à criança que termine de tirar uma peça de roupa, como por exemplo, o casaco ou o último braço da camiseta.

(Fonte: Guia do bebê com síndrome de Down – dr Zan Mustacchi)

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