30 de set. de 2013

Seu filho segura direito no lápis?


O segurar de forma correta no lápis é muito importante, principalmente, na Educação Infantil e nas séries iniciais.

Todo e qualquer hábito bom ou ruim a criança vai desenvolver primeiramente na Educação Infantil.

O pegar corretamente no lápis e a preensão correta ao escrever no papel são importantíssimos para um bom desenvolvimento motor que refletirá diretamente na escrita.

Há muitos exercícios como os de empilhar, rasgar, puxar, empurrar, encaixar e tantos outros que favorecem o desenvolvimento destas habilidades motoras.

Também os exercícios de coordenação motora são muito importantes, pois também trabalham a lateralidade e a noção espacial, decisivas para quando a criança começar a usar o caderno. Se ela tiver uma noção espacial bem desenvolvida em conformidade com a lateralidade a criança saberá se posicionar na linha e nas folhas do caderno.

O pegar corretamente no lápis facilita os movimentos da mão no exercício da grafia. Se o lápis não está devidamente posicionado a mão terá que se esforçar para realizar o movimento e com isso a letra sairá feia e a preensão no papel será muito forte.

Se desde a primeira vez que a criança pegar num lápis ela for orientada o sucesso do “saber segurar o lápis” será muito mais eficaz. Se a criança começar pegando erroneamente no lápis, quanto mais tarde ela for corrigida, mas difícil será de desabituar.

Nos casos da criança chegar nos anos iniciais pegando de forma errada, uma boa sugestão é utilizar o lápis triangular ou o triângulo em EVA que é colocado no lápis perto da ponta e é ali que a criança irá segurar.




Para que serve o lápis triangular?
Os lápis de formato triangular possui um formato anatômico que condiciona a criança a segurar o lápis de maneira correta, centrando os três dedos em três pontos de apoio. Essa característica também auxilia os professores como os pais na hora de alfabetizar a criança. Temos duas modalidades do lápis de cor no formato triangular. O Gigante que é ideal para pré-escolares e o triangular normal, pós pré-escolar.

Qual a diferença do lápis Gigante e do lápis triangular normal?
O lápis Gigante têm um diâmetro mais grosso que o normal, por isso ele é recomendado para crianças na fase pré-escolares, quando seus dedos pequenos ainda não tem a segurança e coordenação motora para segurar o lápis que são de grossura menor. Já o triangular normal é adequado para pós pré-escolar, pois com a prática já adquirida podem facilmente segurar corretamente o lápis triangular de diâmetro normal.

Fonte: Escrito por Cybele Meyer

O ambiente da Escola para as crianças com Transtorno Processamento Sensorial



Mudanças de ambiente, barulho, movimento das outras crianças, toques inesperados dos amigos podem sobrecarregar sensorialmente a criança com Transtorno Processamento Sensorial (TPS). Transtorno do processamento sensorial acontece quando as informações sensoriais do ambiente e de dentro de nossos próprios corpos não se organizado e interpretado corretamente e de forma eficiente pelo cérebro.

Dificuldade entrar na sala de aula:
- não gosta que sua mão seja guiada
- evita contato físico(beijo, abraços)
- incomoda-se com esbarrões dos colegas
- assuta-se com barulho proveniente dos colegas arrumando o material, sentando e guardando a mochila....

Estratégias:
- ser o primeiro ou o último a entrar na sala de aula
- evitar muitos toques, principalmente leves
- estabelecer a rotina para acesso a sala de aula


Sala de Aula
 - Diminuição ruidos externos/internos
- não sobrecarregar verbalmente o aluno. Frases curtas e simples
- Planejamento das atividades para diminuir materiais desnecessários
- Ajudar o aluno a manter suas carteiras organizadas pode ajudá-los não se distrair visualmente
- Rotina nas atividades (apoio visual) Painel com fotos das atividades

Lembrar: salas com grande intensidade de estimulos visuais e auditivos proporcionam distratores e assim uma maior dificuldade no aprendizado e concentração.


Hora do Lanche
 - Ambiente mais calmo
- Evita iluminação direta
- Abaixe o tom de sua voz
- Deixe ambiente visualmente mais limpo possível
- Os alimentos preferidos da criança; favorecendo uma maior interesse e aceitação

Recreio
 - Respeitar as necessidades sensoriais da criança
- Proporcionar cantos com brinquedos que as crianças possam escolher
-Trabalhar com pequenos grupos em atividades diferentes proporcionando a escolha do grupo e ou atividade
- Oferecer espaços e atividades que a criança possa brincar em grupos,com um ou dois amigos ou mesmo ficar sozinha.

Saída da Sala
 - Painel da Rotina e explicar para criança o que vai ocorrer (auditiva e visual)
- Diminuir a chance de comportamento negativo eliminando os estimulos aversivos ( toques e barulho...)
- Deixar a criança carregar a sua mochila nas costas.
- A criança pode ser a primeira ou a última a deixar a sala de aula.


Outras dicas de modificações e estratégias para ambiente da escola para crianças com TPS. Para as atividades em sala de aula.....

organizar o materiais em caixas ou pastas (pistas visuais)
- antecipar e sistematizar tarefas apresentadas
- rotina nas atividades
-  informações das atividades podem ser auditivas e/ou visuais
- não force contato visual, a criança pode estar compreendendo mesmo que não esteja olhando

 - criar situações diferentes para apresentar o mesmo conteúdo, usar recursos visuais, auditivos, táteis, movimento para explorar a mesma atividade.
- possibilitar mudanças de posição ou uso de assento diferenciado ao longo do período

- para atividades táteis pode utilizar recursos como pincéis, luvas e rolos possibilitam que a criança a escolha de tocar ou não em determinadas texturas e consistências.
- introduzir um estimulo tátil de cada vez.(massinha, tinta, areia ou colagem)
- quando diminuimos todos os estimulos, a aceitação do estimulo aversivo pode ser melhor.

A maioria das escolas exigem que o aluno fique quieto, parado e preste atenção na fala do professor por períodos cada vez mais longos à medida que amadurecem. Isso não é fácil para muitas crianças. A sala de aula muitas vezes pode ser um ambiente desafiador para uma criança. 

Os professores podem melhorar o conforto desses alunos e comportamento através do uso de atividades de integração sensorial. As atividades visam melhorar a capacidade da criança de se concentrar, manter a calma e ficar quieto. 



Fonte: Aline Momo e Claudia Silvestre;Artevidade



26 de set. de 2013

Vivendo com Autismo – Perspectiva dos Irmãos




Viver com um irmão ou irmã autista acrescenta mais experiências significantes e únicas à relação. Através de numerosos relatos de pais e irmãos de crianças com deficiências isso fica muito claro; quando uma criança na família tem uma deficiência, afeta a família toda. Também fica claro que as famílias e cada membro delas podem ficar fortalecidos ou estressados com a situação. O grau desses efeitos conflitantes parece variar de família para família e de pessoa para pessoa. Alguns fatores, no entanto, podem ajudar a fortalecer as famílias e minimizar o estresse.
Esse artigo pretende preparar você com informações importantes e sugestões práticas para ajudar e apoiar os irmãos. Embora tenha sido feita uma pesquisa limitada, a reação de uma criança crescendo com um irmão ou irmã com deficiência é influenciada por muitos fatores tais como idade, temperamento, personalidade, ordem de nascimento, sexo, atitudes e modelo dos pais, e apoios formais e informais e recursos disponíveis. Certamente, os pais têm pouco controle sobre muitos desses fatores.
No entanto, os pais têm responsabilidades nas suas atitudes e exemplos que dão. Uma pesquisa feita por Debra Lobato descobriu que os irmãos, descrevendo suas próprias experiências, mencionavam consistentemente as reações dos pais, a aceitação e ajustamento como a influência mais significante nas suas experiências de ter um irmão ou irmã com deficiência. (Lobato, 1990).A pesquisa de Lobato também mostrou que a saúde física e mental da mãe é provavelmente o fator mais importante em prognosticar o ajustamento dos irmãos independente da presença de deficiência na família. (Lobato, 1990). Resultados positivos que os irmãos frequentemente mencionam são aprender a ter paciência, tolerância e compaixão, e ter oportunidades de lidar com situações difíceis. Essas oportunidades também lhe ensinaram a ter confiança quando enfrentassem outros desafios difíceis. A pesquisa feita por Susan Mchale e colegas descobriu que os irmãos sem deficiência encaravam o seu relacionamento com o irmão ou irmã autista de maneira positiva quando:
1) Eles tinham entendimento sobre a deficiência do irmão/irmã;
2) Eles tinham habilidades de lidar com ele bem desenvolvidas; e
3) Eles tinham reações positivas dos pais e pares em relação ao irmão autista (Mchale etal, 1986).

Da mesma forma que você aprendeu a ser capaz de mudar os acontecimentos ao invés de reagir a eles em seu próprio beneficio e do seu filho autista, os irmãos precisam que você faça o mesmo para ajudá-los. Cada família é única. Algumas estruturas familiares incluem pais solteiros, membros de família de muitas gerações, e familiares com outros estressores significantes incluindo mais de um membro com a deficiência. Cada família tem as suas próprias crenças, valores e necessidades. Mas não levando em conta as circunstâncias familiares, as sugestões discutidas aqui são estratégias de apoio a serem consideradas na ajuda de irmãos para lidarem com um irmão autista.















Alguns irmãos têm experiências negativas quando seu irmão ou irmã tem autismo. Ansiedade, raiva, ciúme, constrangimento, perda e solidão são todas as emoções que as crianças provavelmente podem ter. Devido à natureza dos autistas, há barreiras à ligação dos irmãos que podem causar estresse extra. A comunicação e brincadeira podem ser difíceis entre irmãos autistas. Frequentemente pede-se ao irmão sem a deficiência para aceitar, ou eles próprios podem sentir obrigados a aceitar o papel de zelador. Essas questões devem ser lidadas de maneira a poder mudar os acontecimentos ao invés de reagir a eles e deixar as coisas acontecerem. Os irmãos são membros da família que precisam de informação, confiança e estratégias de enfrentamento como os pais precisam. Os irmãos têm uma ligação única entre si que geralmente é para a vida toda. Ter um irmão com uma deficiência tem impacto nessa ligação e terá impacto em cada irmão de maneiras diferentes. Como pai/mãe de uma criança com autismo, você pode influenciar diretamente e sustentar relacionamentos positivos entre os irmãos.


O que ensinar a seus filhos sobre crianças especiais

Eu cresci sem conhecer nenhuma outra criança com necessidades especiais além do Adam, um visitante frequente do resort ao qual nossas famílias iam todos os verões. Ele tinha deficiência cognitiva. As crianças zombavam dele. Fico envergonhada de admitir que eu zombei também; meus pais não faziam idéia. Eles eram pais maravilhosos, mas nunca pensaram em ter uma conversa comigo sobre crianças com necessidades especiais.
E, então, eu tive meu filho Max; ele teve um AVC no nascimento que levou à paralisia cerebral. De repente, eu tinha uma criança para quem outras crianças olhavam e cochichavam a respeito. E eu desejei tanto que seus pais falassem com elas sobre crianças com necessidades especiais.
Já que ninguém recebe um “manual de instruções da paternidade”, algumas vezes, pais e mães não sabem muito o que dizer. Eu entendo totalmente; se eu não tivesse um filho especial, eu também me sentiria meio perdida. Então, eu procurei mães de crianças com autismo, paralisia cerebral, síndrome de down e doenças genéticas para ouvir o que elas gostariam que os pais ensinassem a seus filhos sobre os nossos filhos. Considere como um guia, não a bíblia!
Pra começar, não tenha pena de mim
“Sim, algumas vezes, eu tenho um monte de coisas pra lidar — mas o que eu não tenho é uma tragédia. Meu filho é um menino brilhante, engraçado e incrível que me traz muita alegria e que me enlouquece às vezes. Você sabe, como qualquer criança. Se você tiver pena de mim, seu filho vai ter também. Aja como você agiria perto de qualquer outro pai ou mãe. Aja como você agiria perto de qualquer criança.”
— Ellen Seidman, do blog “Love That Max”; mãe do Max, que tem paralisia cerebral
Ensine seus filhos a não sentir pena dos nossos
“Quando a Darsie vê crianças (e adultos!) olhando e encarando, ela fica incomodada. Minha filha não se sente mal por ser quem ela é. Ela não se importa com o aparelho em seu pé. Ela não tem autopiedade. Ela é uma ótima garota que ama tudo, de cavalos a livros. Ela é uma criança que quer ser tratada como qualquer outra criança—independente dela mancar. Nossa família celebra as diferenças ao invés de lamentá-las, então nós te convidamos a fazer o mesmo.”
— Shannon Wells, do blog “Cerebral Palsy Baby”; mãe da Darsie, que tem paralisia cerebral
Use o que eles tem em comum
“Vai chegar uma hora em que o seu filhinho vai começar a te fazer perguntas sobre por que a cor de uma pessoa é aquela, ou por que aquele homem é tão grande, ou aquela moça é tão pequena. Quando você estiver explicando a ele que todas as pessoas são diferentes e que nós não somos todos feitos do mesmo jeito, mencione pessoas com deficiências também. Mas tenha o cuidado de falar sobre as similaridades também—que uma criança na cadeira de rodas também gosta de ouvir música, e ver TV, e de se divertir, e de fazer amigos. Ensine aos seus filhos que as crianças com deficiências são mais parecidas com eles do que são diferentes.”
— Michelle, do blog “Big Blueberry Eyes”; mãe da Kayla, que tem Síndrome de Down
Ensine as crianças a entender que há várias formas de se expressar
“Meu filho Bejjamin faz barulhos altos e bem agudos quando ele está animado. Algumas vezes, ele pula pra cima e pra baixo e sacode os braços também. Diga aos seus filhos que a razão pela qual crianças autistas ou com outras necessidades especiais fazem isso é porque elas tem dificuldades pra falar, e é assim que elas se expressam quando estão felizes, frustradas ou, algumas vezes, até mesmo por alguma coisa que estão sentindo em seus corpos. Quando Benjamim faz barulhos, isso pode chamar a atenção, especialmente se estamos em um restaurante ou cinema. Então, é importante saber que ele não pode, sempre, evitar isso. E que isso é, normalmente, um sinal de que ele está se divertindo.”
— Jana Banin, do blog “I Hate Your Kids (And Other Things Autism Parents Won’t Say Out Loud)”; mãe de Benjamin, que é autista
Saiba que fazer amizade com uma criança especial é bom para as duas crianças
“Em 2000, quando meu filho foi diagnosticado com autismo, eu tive muita dificuldade em arrumar amiguinhos para brincar com ele. Vários pais se assustaram, a maior parte por medo e desconhecimento. Fiquei sabendo que uma mãe tinha medo do autismo do meu filho ser “contagioso”. Ui. Treze anos mais tarde, sou tão abençoada por ter por perto várias famílias que acolheram meu filho de uma forma que foi tão benéfica para o seu desenvolvimento social. Fico arrepiada de pensar nisso. A melhor coisa que já ouvi de uma mãe foi o quanto a amizade com o meu filho foi importante para o filho dela! Que a sua proximidade com o RJ fez dele uma pessoa melhor! Foi uma coisa tão bonita de se dizer. Quando tivemos o diagnóstico, ouvimos que ele nunca teria amigos. Os amigos que ele tem, agora, adorariam discordar. Foram os pais deles que facilitaram essa amizade e, por isso, serei eternamente grata.”
— Holly Robinson Peete, fundadora (com o marido Rodney Peete) da Hollyrod Roundation; mãe do RJ, que é autista (é ele, na foto abaixo, com sua irmã Ryan)
Encoraje seu filho a dizer “oi”
“Se você pegar seu filho olhando pro meu, não fique chateada — você só deve se preocupar se ele estiver sendo rude, mas crianças costumar reparar umas nas outras. Sim, apontar, obviamente, não é super educado, e se seu filho apontar para uma criança com necessidades especiais, você deve dizer a ele que isso é indelicado. Mas quando você vir seu filho olhando para o meu, diga a ele que a melhor coisa a fazer é sorrir pra ele ou dizer “oi”. Se você quiser ir mais fundo no assunto, diga a ele que crianças com necessidades especiais nem sempre respondem da forma como a gente espera, mas, ainda assim, é importante tratá-las como tratamos as outras pessoas.”
— Katy Monot, do blog “Bird On The Street”; mãe do Charlie, que tem paralisia cerebral.
Encoraje as crianças a continuar falando
“As crianças sempre se perguntam se o Norrin pode falar, especialmente quando ele faz seu “barulhinho alto corriqueiro”. Explique ao seu filho que é normal se aproximar de outra criança que soa um pouco diferente. Algumas crianças podem não conseguir responder tão rápido, mas isso não significa que elas não tem nada a dizer. Peça ao seu filho para pensar no seu filme favorito, lugar ou livro—há grandes chances da outra criança gostar disso também. E a única forma dele descobrir isso é perguntando, da mesma forma que faria com qualquer outra criança.”
— Lisa Quinones-Fontanez, do blog “Autism Wonderland”; mãe do Norrin, que é autista
Dê explicações simples
“Algumas vezes, eu penso que nós, pais, tendemos a complicar as coisas. Usando alguma coisa que seus filhos já conhecem, algo que faça sentido pra eles, você faz com que a “necessidade especial” se torne algo pessoal e fácil de entender. Eu captei isso uns anos atrás, quando meu priminho me perguntou “por que o William se comunicava de forma tão diferente dele e de seus irmãos”. Quando eu respondi que ele simplesmente nasceu assim, a resposta dele pegou no ponto: “Ah, assim como eu nasci com alergias”. Ele sabia como era viver com algo que se tem e gerenciar isso para viver diariamente. Se eu tivesse dito a ele que os músculos da boca de William tem dificuldade em formar palavras, o conceito teria se perdido na cabeça dele. Mas alergia fazia sentido pra ele. Simplicidade é a chave.”
— Kimberly Easterling, do blog “Driving With No Hands”; mãe do William e da Mary, ambos com Síndrome de Down
Ensine respeito às crianças com seus próprios atos
“Crianças aprendem mais com suas ações que com suas palavras. Diga “oi” para a minha filha. Não tenha medo ou fique nervosa perto dela. Nós realmente não somos tão diferentes de vocês. Trate minha filha como trataria qualquer outra criança (e ganhe um bônus se fizer um comentário sobre o lindo cabelo dela!). Se tiver uma pergunta, faça. Fale para o seu filho sobre como todo mundo é bom em coisas diferentes, e como todo mundo tem dificuldades a trabalhar. Se todo o resto falhar, cite a frase do irmão de Addison: “bem, todo mundo é diferente!”.”
— Debbie Smith, do blog “Finding Normal”; mãe de Addison, que tem Trissomina 9
Ajude as crianças a ver que, mesmo crianças que não falam, entendem
“Nós estávamos andando pelo playground e a coleguinha da minha filha não parava de encarar o meu filho, que é autista e tem paralisia cerebral. Minha filha chamou a atenção da colega rapidinho: “Você pode dizer “oi” pro meu irmão, você sabe. Só porque ele não fala, não significa que ele não ouve você”. Jack não costuma falar muito, mas ele ouve tudo ao redor dele. Ensine aos seus filhos que eles devem sempre assumir que crianças especiais entendem o que está sendo dito, mesmo sem poderem falar. É por isso que eles não vão dizer “o que ele tem de errado?”, mas poderão até dizer “Como vai?”.”
— Jennifer Byde Myers, dos blogs “Into The Woods” e “The Thinking Person’s Guide To Autism”; mãe do Jack, que tem autismo e paralisia cerebral.
Inicie uma conversa
“Nós estávamos no children’s museum e um garotinho não parava de olhar para Charlie com seu andandor, e a mãe dele sussurrou em seu ouvido para não encarar porque isso era indelicado. Ao invés disso, eu adoraria que ela tivesse dito “esse é um andador muito interessante, você gostaria de perguntar ao garotinho e à sua mãe mais a respeito dele?”.”
— Sarah Myers, do blog “Sarah & Joe (And Charlie Too!)”; mãe do Charlie, que tem paralisia cerebral
Não se preocupe com o constrangimento
“Vamos combinar de não entrar em pânico caso seu filho diga algo embaraçoso. Você sabe, tipo se nós estivermos na fila do Starbucks e o seu filho olhar para a Maya e pra mim e disser algo como “Eca! Por que ela está babando?” ou “Você é mais gorda que a minha mãe”. Embora esses não sejam exemplos ideais de início de conversa, eles mostram que o seu filho está interessado e curioso o suficiente para fazer contato e perguntar. Por favor, não gagueje um “mil desculpas” e arraste seu filho pra longe. Vá em frente e diga baixinho o pedido de desculpas, se você precisar, mas deixe-me aproveitar a oportunidade: vou explicar a parte da baba e apresentar Maya e contar da paixão dela por crocodilos, e você pode ser a coadjuvante no processo, dizendo “lembra quando nós vimos crocodilos no zoológico?” ou coisa parecida. Quando chegarmos ao caixa, o constrangimento vai ter passado, Maya terá curtido conhecer alguém novo, e eu terei esperanças de que seu filho conseguiu ver Maya como uma criança divertida, ao invés de uma “criança que baba”. (E eu irei simplesmente fingir que não ouvi a parte do “mais gorda que a minha mãe”).”
— Dana Nieder, do blog “Uncommon Sense”; mãe da Maya, que tem uma síndrome genética não diagnosticada
Gostou? Clique aqui para o texto original em inglês.

Texto original, do blog “Love That Max“
Fonte: Andrea Werner, blog Lagarta Vira Pupa

Porque é que a Terapia Ocupacional é importante para as crianças com autismo?

Neste artigo a terapeuta ocupacional Corinna Laurie, que exerce funções em contexto escolar e é diretora da “ Evolve Children’s Therapy...