13 de fev. de 2009

Integração Sensorial e TDA/H

Uma cena muito comum no ambiente escolar atualmente, são crianças que se apresentam inquietas em suas carteiras, que conversam a todo o momento com os colegas e se distraem com todos os movimentos internos ou externos da sala. Estas crianças geralmente têm dificuldades em acompanhar o proposto em sala de aula apesar de não apresentarem déficits de inteligência. Os pais então, são orientados à procurar auxílio e assim que o fazem, muitas dessas crianças são diagnosticadas com TDA/H.
Os principais sintomas do TDA/H são: dificuldade de manter a atenção, inquietação (agitação motora e/ou mental) e impulsividade. Um outro sintoma que pode ser observado mas é pouco conhecido, é a dificuldade no processamento das informações sensoriais. Muitas crianças com TDA/H, apresentam um mau processamento sensorial, “falhas” no recebimento das informações sensoriais as quais resultam no comportamento inadequado da criança no ambiente,ou seja, na falta de atenção ou movimentação constante.
O profissional qualificado para perceber estas dificuldades no processamento sensorial é o terapeuta ocupacional especializado na área de integração sensorial. Esta abordagem parte do princípio em que a criança aprende sobre o mundo através dos sentidos. No caso de crianças que têm dificuldades, existe uma falha de comunicação entre o que os sentidos recebem e o que chega ao cérebro de modo que as informações chegam com intensidade exagerada ou com intensidade diminuída. Em qualquer dos casos, a criança poderá ter dificuldade em regular seu comportamento. A habilidade para integrar essas informações sensoriais é essencial para a aprendizagem e organização do comportamento. O terapeuta ocupacional usará atividades que desafiam as habilidades da criança e estimulam respostas organizadas e diferentes estímulos sensoriais.
Crianças com TDA/H podem estar sujeitas a esta dificuldade de integrar as informações sensoriais. Se em um ambiente escolar o professor começa a ter uma visão diferenciada desta criança, conseguirá lidar melhor com a situação e consequentemente a criança passará a ter respostas mais adequadas ao ambiente.

Porque é que a Terapia Ocupacional é importante para as crianças com autismo?

Neste artigo a terapeuta ocupacional Corinna Laurie, que exerce funções em contexto escolar e é diretora da “ Evolve Children’s Therapy...