30 de jul. de 2010

Turma da Monica



A TURMA DA MONICA tem um amiguinho muito especial - o André ! Com ele podemos aprender um pouco mais sobre autismo.

Se vc tiver interesse em conhecer, me envie um e-mail solicitando esta "história em quadrinho".

e-mail: arielagoldstein@gmail.com

18 de jul. de 2010

INTEGRAÇÃO BILATERAL E SEQUENCIAMENTO (IBS)

Integração bilateral é a habilidade do dois lados do corpo de trabalharem de forma conjunta e harmoniosa para o desempenho de tarefas. Precisamos de boa integração bilateral para que possamos desempenhar tarefas como cortar, escrever, pular, copiar da lousa, etc. O ponto que mais chama a atenção na integração bilateral é a habilidade de um lado do corpo funcionar como dominante, enquanto o outro funciona como auxiliar. Essa habilidade está mais ou menos desenvolvida por volta dos 4 anos de idade, quando a dominância lateral já se encontra estabelecida mas continua a ser refinada pelo resto da vida. Inclui muito mais que a simples habilidade das mãos trabalharem em conjunto; inclui a binocularidade, ou habilidade dos olhos trabalharem em conjunto, dos pés poderem trabalhar isolada ou conjuntamente para os diversos tipos de pulos e atividades físicas.


Estudos recentes mostram que dificuldade em sequenciamento vem frequentemente associada à dificuldade em integração bilateral. Isto quer dizer que a criança tem dificuldade em desempenhar atividades que dependem de uma sequência tais como, contar, dizer o alfabeto, pular amarelinha, executar pulos simétricos. Muitas vezes, como bebê, essa criança não engatinhou; tem má consciência corporal, frequentemente tem dificuldade no uso de “ferramentas” tais como tesoura, utensílios, lápis; tem dificuldade em se organizar para executar as tarefas.



Quando aprende a ser organizada torna-se completamente dependente dessa estrutura para funcionar no ambiente.



Quando a criança tem dificuldade em integração bilateral e sequenciamento (IBS). Geralmente não usa consistementemente a mesma mão para executar a mesma tarefa. Às vezes corta com a direita, às vezes com a esquerda. Falta uma qualidade de harmonia e fluidez a seus movimentos.



O que se pode observar na criança com dificuldade em atingir boa integração bilateral e sequenciamento:



• Troca frequente de mão usada para a atividade, usando muitas vezes a mão mais próxima do objeto para manuseá-lo

• Dominância lateral estabelecida mais tarde que o normal

• Dominância lateral estabelecida cedo demais, com rigidez excessiva

• Uma mão que permanece esquecida enquanto a outra executa a atividade

• Ajustes posturais frequentes evitando cruzar a linha média do corpo; isto quer dizer que a criança mexe seu corpo para evitar cruzar a linha média. Por exemplo, quando nós fixamos o papel sobre a mesa, a criança muda a posição de seu próprio corpo para evitar cruzar a linha média

• Dificuldade em pular, correr, pegar bolas que são atiradas

• Dificuldade em copiar da lousa, perdendo-se frequentemente

• Não consegue fazer atividades que envolvem vários passos sem interrupção (ex., contar, dizer o alfabeto, pular amarelinha)

• Espelhamento de letras na escrita e inversão de sons na fala

• Dificuldade em colocar a acentuação na linguagem falada

• Piscar excessivo quando segue objetos visualmente
• Confusão ao apontar direita e esquerda em si mesma ou copiar movimentos espelhados. É preciso lembrar que crianças pequenas não tem ainda essa habilidade.


Não é necessário que todos esses ítens estejam presentes para caracterizar um distúrbio de integração bilateral e sequenciamento. Existem testes específicos para se fazer esse diagnóstico.Embora este não seja o problema mais severo dentro da integração sensorial, tem uma repercussão mais direta no trabalho escolar, tanto na parte propriamente acadêmica quanto nas atividades de educação física.


COMO AJUDAR SEU FILHO A SUPERAR AS DIFICULDADES


Existe uma sequência lógica no desenvolvimento de integração bilateral e sequenciamento (BIS). Inicialmente a criança desenvolve a habilidade de usar as duas mãos em conjunto para fazer a mesma coisa; como exemplo, usa as duas mãos para pegar uma bola, pula com os dois pés juntos. Eventualmente, progride até o ponto em que uma mão age como principal e outra como estabilizadora.Algumas atividades que você pode fazer com sua criança:


• Pegar a bola com as duas mãos juntas; invente jogos em que se perde pontos quando se usa uma mão só.

• Jogar basquete usando um cesto ou balde como alvo: mudar o alvo de lugar várias vezes. Usar bolas grandes e de preferência pesadas para “forçar” a criança a usar as duas mãos para atirar. Inicie com um alvo fácil para que a criança não desanime.

• Fazer desenho com as duas mãos ao mesmo tempo na lousa, na calçada ou no quadro branco. Por ex., desenhar uma borboleta; você desenha o corpo e a criança faz as asas usando as duas mãos.

• Desenhar estradas e caminhos no chão ou na areia e seguir com carrinhos .

• Seguir uma “corrida de obstáculos”. Ajude a criança a inventar uma estória (geral- mente sequenciar os passos para formar uma estória é uma das dificuldades.) Por ex., vai ajudar a salvar as joias da rainha; esconda joias plásticas em lugares difíceis de serem atingidos e invente com a criança um caminho para chegar até lá. Terá de pular um rio, escalar uma montanha, passar por um túnel (embaixo de uma cadeira), etc. Puxe pela imaginação da criança.

• Tente contar uma estória curta e ver se a criança é capaz de lembrar dos detalhes na ordem certa. Use mímica para ajudá-la a lembrar os detalhes se estiver tendo dificuldade.

• Faça a “dança dos índios”. Terá de pular com os dois pés juntos, bater o rítmo com palmas ou em um tambor, pandeiro, etc. A criança precisa de muitas tarefas que envolvam imitação e é mais fácil começar com as que precisam de imitação no uso de seu próprio corpo e gradualmente progredir para tarefas em que imita linhas, desenhos, etc.

• Faça dois buracos em uma caixa de sapatos, grandes o suficiente para caber as mãos da criança. Dê-lhe um objeto em cada mão e faça com que identifique, veja se são iguais, etc.

• Faça brincadeiras que exijam sequenciamento. Tente incluir passos que precisam ser sequenciados, tais como pular 3 vezes, bater palmas, duas vezes, pular 3 vezes de novo, etc.

• Corridas de saco são boas atividades para usar o pular com os dois pés ao mesmo tempo.

• O parquinho oferece boa oportunidade para atividades bilaterais e sequências projetadas. Observe primeiro quais os brinquedos que a criança escolhe espontanea-mente. Depois, examine as características das que não escolhe nunca (trepa-trepa, jungle gym?) e veja como pode dividir em passos simples para ajudar a conseguir.

• Se você tiver almofadas ou um colchão velho sobre o qual a criança possa pular, ofereça essa oportunidade, que é muito rica no desenvolvimento do esquema corporal.


Preparado por Heloiza Maria Zanella-Goodrich, M.A.,OTR

Brincar é importante !!!

A cada dia as crianças vão para a escola mais cedo; a alfabetização se inicia mais e mais cedo… As pessoas moram em apartamentos e as oportunidades de brincar vão ficando cada vez mais escassas. Entretanto, o brincar não é apenas divertido; é uma das ferramentas mais importantes para o desenvolvimento infantil.


O brincar não é apenas divertido para a criança. Permite que ela aprenda sobre os objetos, ensaie situações que podem ser assustadoras, exercite atividades motoras que preparam seu corpo para a aprendizagem propriamente dita. Brincando a criança desenvolve qualidades que são importantes para a aprendizagem mas também para o convívio social, tal com flexibilidade, empatia, criatividade.


Em um editorial publicado em 02/09/09 no New York Times, Stuart Brown, autor de “Play, How it Shapes the Brain, Opens the Imagination and Invigorates the Soul” fala sobre estudos que demonstram uma incidência maior de problemas emocionais, de agressividade, , depressão, problemas de comportamento, etc. em crianças que não brincam.


O autor fala sobre como adultos que não brincam não tem senso de humor, flexibilidade, criatividade e têm dificuldade em experimentar coisas novas. O brincar é uma necessidade básica e existe até entre os animais, sendo que os mais evoluidos apresentam um brincar mais sofisticado. A privação do brincar em animais faz com que se torne incapaz de distinguir entre amigos e inimigos, e desenvolva a habilidade de se acasalar de forma adequada.


Brown fala ainda sobre como, ao voltarmos de férias às vezes temos as nossas idéias mais criativas. ” O brincar é um processo ativo que reformula nossa visão do mundo”


Nem sempre as crianças conseguem brincar espontanea e independentemente. Nosso papel é ajudá-las a desenvolver essa habilidade e propiciar um ambiente que as leve a desenvolver essa habilidade e crescer através dela. É o instrumento de trabalho da terapia ocupacional infantil mas é também um objetivo a ser atingido, não apenas porque brincar é divertido, mas pelos benefícios que traz.



Comentários, Sugestões e Eventos

Acredito, que o trabalho em conjunto nos faz crescer !!! Deixe aqui, comentários e/ou sugestões para as próximas postagens no blog. bjs

Porque é que a Terapia Ocupacional é importante para as crianças com autismo?

Neste artigo a terapeuta ocupacional Corinna Laurie, que exerce funções em contexto escolar e é diretora da “ Evolve Children’s Therapy...