O brincar não é apenas divertido para a criança. Permite que ela aprenda sobre os objetos, ensaie situações que podem ser assustadoras, exercite atividades motoras que preparam seu corpo para a aprendizagem propriamente dita. Brincando a criança desenvolve qualidades que são importantes para a aprendizagem mas também para o convívio social, tal com flexibilidade, empatia, criatividade.
Em um editorial publicado em 02/09/09 no New York Times, Stuart Brown, autor de “Play, How it Shapes the Brain, Opens the Imagination and Invigorates the Soul” fala sobre estudos que demonstram uma incidência maior de problemas emocionais, de agressividade, , depressão, problemas de comportamento, etc. em crianças que não brincam.
O autor fala sobre como adultos que não brincam não tem senso de humor, flexibilidade, criatividade e têm dificuldade em experimentar coisas novas. O brincar é uma necessidade básica e existe até entre os animais, sendo que os mais evoluidos apresentam um brincar mais sofisticado. A privação do brincar em animais faz com que se torne incapaz de distinguir entre amigos e inimigos, e desenvolva a habilidade de se acasalar de forma adequada.
Brown fala ainda sobre como, ao voltarmos de férias às vezes temos as nossas idéias mais criativas. ” O brincar é um processo ativo que reformula nossa visão do mundo”
Nem sempre as crianças conseguem brincar espontanea e independentemente. Nosso papel é ajudá-las a desenvolver essa habilidade e propiciar um ambiente que as leve a desenvolver essa habilidade e crescer através dela. É o instrumento de trabalho da terapia ocupacional infantil mas é também um objetivo a ser atingido, não apenas porque brincar é divertido, mas pelos benefícios que traz.
Fonte: www.toi.med.br