19 de fev. de 2011

Crianças com Síndrome de Down

O desenvolvimento de uma criança com síndrome de down requer atenção diferenciada, pois demora mais para suas habilidades se desenvolverem. Suas aquisições são conquistadas de forma mais lenta.

Hoje os pais que possuem filhos com síndrome de down são orientados a procurarem atendimento de estimulação precoce. O acompanhamento de algumas especialidades, como a fonoaudiologia, a fisioterapia, a terapia ocupacional, a psicologia, dentre outras, é essencial para a orientação aos pais sobre o melhor estímulo a ser dado aos seus filhos e, através de técnicas especializadas, desenvolvem suas potencialidades.

Alguns pais podem se sentir desmotivados com a demora de seus filhos adquirirem suas habilidades. Nestes casos, quanto mais cedo for introduzida a estimulação precoce, melhores resultados podem ser obtidos futuramente.

Pesquisas recentes comprovam que crianças com síndrome de down podem alcançar estágios avançados do desenvolvimento psicomotor, de linguagem, e cognitivo. Para tanto, a presença dos pais é essencial para o desenvolvimento efetivo das potencialidades de seus filhos, construindo assim vínculo afetivo com a criança. Se os pais interagem melhor com seus filhos, passam a conhecê-los melhor, suas habilidades, suas fraquezas, seus valores e suas expectativas.

4 de fev. de 2011

Desenvolvimento Infantil

Abaixo temos um resumo das principais características do desenvolvimento da criança nos seus primeiros anos de vida.

As características mostradas são as mais comuns para cada faixa etária. É normal que a criança apresente um ou outro aspecto adiantado ou atrasado em relação à tabela de desenvolvimento, e isto vai depender essencialmente dos estímulos que a criança recebe no seu dia a dia, por isto, é imprescindível que os pais saibam como estimular seus filhos e também que o desenvolvimento da criança seja acompanhado pelo pediatra e/ou profissionais especializados.

0 a 3 meses

Ações que realiza


  • No primeiro mês, reage perante barulhos muito altos e pode se assustar com barulho inesperado.

  • Passa boa parte do tempo dormindo.

  • Seu sistema visual é limitado, portanto só enxerga algum objeto ou alguém se estiver bem próximo a ele.

  • No 2º ao 3º mês, o bebê já começa a acompanhar objetos e pessoas com os olhos e reconhece os pais.

  • Abre e fecha as mãos, leva-as à boca e suga os dedos.Segura objetos com firmeza por certo tempo e consegue pegar objetos suspensos.

Comportamento


  • Desenvolve um tipo diferente de choro para cada problema que se apresenta, como por exemplo, o constante e agudo.

  • Com brincadeiras e músicas o bebê fica agitado, realizando movimentos de pernas, braços, sorri e dá gritinhos.

Como se comunica

  • Quando ouve a voz dos pais, o bebê vira a cabeça.

  • Comunica-se através do choro e ruídos.

  • Imita alguns sons de vogal.

  • Nesta fase, é importante organizar a rotina do bebê, tornando os horários das atividades fixos, como por exemplo, trocar a fralda depois da mamada ou dar banho todos os dias na mesma hora.

  • É importante que a rotina seja de forma razoavelmente metódica.

4 a 7 meses

Ações que realiza

  • Fica na postura de bruços e se apóia nos antebraços quando quer ver o que está acontecendo ao seu redor.

  • Rola de um lado para o outro.

  • Estende a mão para alcançar o objeto que deseja, transfere-o de uma mão para outra e coloca-o na boca.

  • Apresenta equilíbrio quando colocado sentado.

Como reage

  • Ri quando algo o agrada e quando o desagrada mostra raiva através da expressão facial.

  • Nesta fase, alguns bebês podem demonstrar medo perante pessoas estranhas.

  • Fica repetindo os seus próprios sons e imita as vozes das pessoas ao seu redor

Como se comunica

  • Movimenta a cabeça na direção do som escutado.

  • Pára de chorar ao ouvir música.

  • Sorri quando quer atenção do adulto.

  • Formação do conceito de causa e efeito no momento em que está explorando um brinquedo.

  • Olha, chacoalha, e atira objetos ao chão.


8 a 11 meses



Ações que realiza

  • Engatinha e senta sem apoio.

  • Consegue ficar em pé com apoio.

  • Aponta para objetos ou pessoas.

  • Pega pequenos objetos com o indicador e o polegar.

    Como reage
  • Demonstrar raiva quando não é o centro das atenções.

  • Reconhece sua imagem no espelho e reage com euforia.

  • Reclama quando é contrariado.

    Como se comunica
  • Localiza a fonte sonora.

  • Bate palmas, joga beijo e entende quando lhe dizem tchau.

  • Começa a compreende o significado de alguns gestos.

  • Balança a cabeça quando não quer alguma coisa.

  • Fase do treino com monossílabos do tipo: “ma-ma”, “da-da”, “ne-ne”.


1 a 2 anos

Ações que realiza

  • Anda sem apoio.

  • Com 1 ano e 6 meses pode começar a correr, subir em móveis e ficar nas pontas dos pés sem apoio.

  • Vira páginas de um livro ou revistas (várias ao mesmo tempo).

  • Gosta de rabiscar no papel.Sabe quando uma ilustração está de cabeça para baixo.

    Como reage
  • Mostra senso de humor.

  • Nesta fase, o bebê ainda não compreende as regras, contudo chora quando leva uma bronca e sorri quando é o centro das atenções ou quando é elogiado.

  • Quando está bravo, pode atirar objetos ou brinquedos.

  • É possessivo. Prefere não compartilhar brinquedos com as outras crianças.

    Como se comunica
  • Reconhece o próprio nome.

  • A partir dos 18 meses começa a criar frases curtas.

  • A criança começa a formar frases com uma palavra só, tipo “nenê-papá, nenê-naná”, mas até o término do ano constrói frases de até três palavras como: “quer ver tevê”.

  • Esta é a fase das perguntas: “que é isso?”

  • Usa o próprio nome.

  • Reconhece as partes do seu corpo e de outras pessoas.Apresenta atenção para histórias pequenas.

    2 a 3 anos

    Ações que realiza

  • Tira os sapatos.

  • Chuta bola sem perder o equilíbrio.

  • Gosta de dançar, consegue acompanhar o ritmo da música batendo palmas.

  • Nesta fase a criança está pronta para abandonar o uso das fraldas.

    Como reage
  • Apresenta percepção de quem é.

  • Mexe em tudo e faz mal criação, testa a autoridade.

  • Tenta impor suas vontades.

  • Prefere companhia para brincar.

  • Gosta de participar dos serviços de casa, como por exemplo arrumar a mesa do jantar.

    Como se comunica
  • As frases vão aumentando e surge o plural.

  • As crianças nesta fase tem uma ótima compreensão, entendem tudo que é dito em sua volta.

  • Pergunta: "cadê", "O que", "onde".

  • Fala de si mesma na 3a. pessoa.

  • Chama familiares próximos pelo nome.

    3 a 4 anos

    Ações que realiza

  • Consegue colocar suas roupas e tirá-las sem ajuda de um adulto.

  • Gosta de desenhar.

  • Nesta fase já consegue segurar um lápis na posição correta.

  • Consegue pedalar.

    Como reage
  • Brinca com as outras crianças.

  • Apresenta interesse pelos sentimentos das pessoas que estão ao seu redor, por exemplo, se perceber que seu pai está triste, procura confortá-lo.

    Como se comunica
  • Constrói frases com até seis palavras, sobre o dia a dia, situações reais e pessoas próximas.

  • Compreende a existência de regras gramaticais e tenta usá-las.

  • É comum a troca do '"r" pelo "l", a qual acaba por volta dos 3 anos e 6 meses.

  • Compreende os conceitos de igual e diferente.

  • É capaz de separar os brinquedos por tamanho e cor.

  • Lembra e conta histórias.

    4 a 5 anos

    Ações que realiza

  • Consegue usar a tesoura, corta papel.

  • Maior domínio no uso de talheres.

  • Consegue pegar a bola com as duas mãos quando está em movimento.

    Como reage
  • Está mais sociável com as outras crianças.

  • Se sente grande perto das crianças menores.

  • Sente vontade de tomar as suas próprias decisões.

    Como se comunica
  • Nesta fase o vocabulário da criança aumentou bastante, já fala muitas palavras.

  • Expressa seus sentimentos e emprega verbos como “pensar” e “lembrar”.

  • Também fala de coisas ausentes e usa palavras de ligação entre as sentenças, como por exemplo: “e então”, “porque”, “mas”, etc.

  • Gosta de inventar e contar as próprias histórias.

  • Consegue identificar algumas letras do alfabeto e números.

Fonte: www.estimulando.com.br



2 de fev. de 2011

1 de fev. de 2011

A importância do BRINCAR no Autismo

A brincadeira é a linguagem das crianças. Pela brincadeira se pode aprender a interação social, trabalhar a atenção, seqüências, habilidades, solucionar problemas, explorar sentimentos, desenvolver causa e efeito, estimular a criatividade. Com a falta de interação social, comunicação e problemas no comportamento, muitos autistas vão necessitar de ajuda para estabelecer uma relação com outras crianças e muitos não sabem brincar, o que precisa ser ensinado.

Para começar escolha algo que funcione com o autista, o que chamaria a sua atenção (dinossauros, tubarão, fadas, jogos, bola). Deixe a criança iniciar a brincadeira, fazer uma escolha. Se a criança recusar a sua presença na brincadeira comece apenas observando-a brincar, depois introduza comentários ("nossa, este carro é bem veloz!"). Não se preocupe se a criança ignorar seus comentários, continue a introduzi-los aos poucos.

Ajude a criança a engajar-se na comunicação recíproca na brincadeira. Exemplo: a criança está brincando com um carrinho. Você pode pegar outro carro e dizer: "este carro amarelo corre melhor que o azul. Vou mostrar! Cadê o azul? Ah! aqui está". (Pegue o carro marrom e deixe a criança corrigir você). Cometa outros erros e comece uma corrida de carros com isso.

Quando a criança estiver confortável em brincadeiras recíprocas, aumente a interação.
Exemplo: Ela só quer brincar de carrinho, pegue um brinquedo de animal e peça carona, depois reclame que o cachorro está com fome proteste e insista, com o tempo a criança vai parar e brincar de alimentar o cachorro. Aumente a brincadeira e encontre alguns amigos para o lanche, como o elefante, leão, e outros, alargando o horizonte e os interesses da criança. Se for muito sobrecarregado para a criança este passo, volte um pouco para traz.

Evite questionamentos e direcionamentos. Muita estrutura e perguntas nesta hora podem inibir tanto a iniciativa da criança como o processo dela solucionar problemas. Quando a criança estiver se sentindo confortável com a brincadeira recíproca, você poderá direcionar a brincadeira para conceitos e seqüências que deseja trabalhar. Exemplo: Ela só brinca de carrinho e sempre os coloca na mesma ordem. Introduzindo o cachorro e novos problemas, a criança começará a dar atenção a outros brinquedos.

Brinque e interaja. Pretenda ser um dos brinquedos e explore isso. Exemplo: Ao invés de dizer "venha e me ajude a construir um forte", seja um personagem que está pedindo ajuda. Converse com os brinquedos. Quando a criança estiver acostumada com este tipo de brincadeira tente mudar sua estrutura. Exemplo: Se ele só quer brincar com o carro azul, peça para deixar que você brinque uma vez com o carro azul.
Se a atenção da criança for mínima, não puxe a brincadeira por muito tempo. O importante é ela aprender como é gostoso brincar com outras pessoas.

Não se preocupe se está fazendo certo ou errado. Se divirta com o processo. O único erro é não brincar ou não tentar interagir com a criança.

Fonte: Autism Asperger´s Digest Magazine

Criança é Arte

Marcela


Daniel


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Acredito, que o trabalho em conjunto nos faz crescer !!! Deixe aqui, comentários e/ou sugestões para as próximas postagens no blog. bjs

Porque é que a Terapia Ocupacional é importante para as crianças com autismo?

Neste artigo a terapeuta ocupacional Corinna Laurie, que exerce funções em contexto escolar e é diretora da “ Evolve Children’s Therapy...