20 de set. de 2009

Sinais Sugestivos de Distúrbios de Integração Sensorial nas Várias Idades

Para identificação de distúrbios, vários sinais precisam aparecer juntos (constelação de sinais).


Bebê (1º ano)

- Bebê irritável.
- Baixo tônus muscular.
- Ciclos de sono irregulares.
- Parece não gostar de ficar no colo.
- Não gosta de ficar deitado de costas.
- Desenvolvimento lento – ou qualidade dos movimentos abaixo do normal.

Infante (2º ano)

As condições podem continuar com a adição dos seguintes sinais:
- Atenção pobre.
- Desajeitado.
- Articulação verbal pobre.
- Extremamente irritado com machucado irrelevante.
- Medo de andar em certas superfícies.
- Medo de escorregador e similares.
- Faz muita bagunça quando come.
- Desenvolvimento lento da linguagem.
- Rejeição a alguns alimentos por causa da textura.

Infância (até o 3º ano primário)

As condições podem continuar com a adição dos seguintes sinais:
- Problemas de coordenação motora fina.
- Hiperatividade.
- Pobre habilidade social.
- Impulsividade.
- Chora facilmente.
- Não gosta de certas texturas (pintura a dedo, comida, massinha ...).
- Dificuldade com a atividade motora grossa.
- Cai facilmente.
- Frequentemente quebra brinquedos durante o brincar.
- Rejeita fortemente certos tipos de roupas.

Infância média (4ª a 6ª série do primeiro grau)

As condições podem continuar com a adição dos seguintes sinais:
- Aumentam os problemas acadêmicos/atenção.
- Problemas de comportamento.
- Pouco organizado ou compulsivamente organizado.
- Reverte letras na escrita e leitura.
- Dificuldade para manter o ritmo dos colegas nas atividades.

Pré-adolescência

As condições podem continuar com a adição dos seguintes sinais:
- Problemas de organização.
- Dificuldade para concluir o para casa/atenção.
- Imaturidade nas habilidades físicas e sociais.
- Problemas mais severos de comportamento (brigas, irritabilidade ...).
- Perde ou esquece as coisas.
- Muitas vezes isolado socialmente e as vezes muito emocional.
- Escolhe esportes individuais (correr, nadar) ou com mais contato físico e evita esportes de grupo, como basquete e vôlei.

Fonte:Kimbal, 1993

10 de set. de 2009

Uma dieta sensorial bem equilibrada

Uma dieta sensorial é definida como um programa de atividades planejadas e programadas que uma terapeuta ocupacional desenvolve especificamente para atender as necessidades do sistema nervoso da criança. Seu objetivo é ajudar a criança a se tornar mais focalizada, adaptável e habilidosa.
Assim como os cinco grupos de alimentos dão nutrientes diários requeridos, uma dieta sensorial diária preenche as necessidades físicas e emocionais. A criança “fora de sincronia” precisa de uma dieta individualizada de nutrientes táteis, vestibulares e proprioceptivos mais que muitos mas não sabe como consegui-la. Então, precisamos e podemos ajudá-la.
Uma dieta sensorial inclui uma combinação de atividades de alerta, organizadoras e calmantes. Uma atividade de alerta ou calmante pode ser a primeira, dependendo das necessidades da criança.

Atividades de alerta beneficiam a criança com hipossensibilidade, que precisa de um empurrãozinho para se tornar mais eficientemente animada. Elas incluem:
• Mastigar cereal seco, pipoca, salgadinhos, bolachas de água e sal, cenoura, salsão, maçã ou espiga de milho;
• Tomar um banho de chuveiro;
• Pular em uma bola de terapia; e
• Pular para cima e para baixo em um colchão ou trampolim.

Atividades de organização ajudam a regular as resposta da criança. Incluem:
• Mastigar barras de cereal, frutas secas, queijo, chiclete ou casca de pão;
• Pendurar-se pelas mãos em uma barra;
• Puxar ou empurrar pesos; e
• Entrar e sair da posição de cabeça para baixo.

Atividades calmantes ajudam a criança hipersensível a diminuir hiper respostas a estímulos sensoriais. Incluem:
• Chupar chupeta, doce duro, barra de fruta gelada ou uma colherada de pasta de amendoim (doce de preferência);
• Empurrar a parede com as mãos, ombros e quadris;
• Balancear, vagarosamente para frente e para trás;
• Abraçar ou uma massagem nas costas; e
• Tomar um banho.

Quando você inicia seu próprio programa de dieta sensorial, é sempre melhor consultar uma terapeuta ocupacional sobre o que a criança necessita. Quais são as atividades apropriadas ? Onde a criança deve fazê-la ? Quando ? Com que freqüência ? Por quanto tempo ?

Aqui estão algumas instruções:


• Determine horários específicos durante o dia para uma sequência estruturada, tal como depois do café da manhã, depois da escola e antes de dormir.
• Se possível, permita a atividade que a criança quer. Frequentemente a criança lhe dirá. Mesmo que não saiba dizer: “Meu sistema nervoso precisa desesperadamente de um intenso de movimento”, você pode ser capaz de ler sua mente conforme ela se prepara para pular do telhado da casinha de brinquedo. Encontre um outro modo de deixá-la pular !
• Deixe que a sua criança dirija a brincadeira. Embora “mais” possa querer dizer mais, supervisione cuidadosamente para que a criança não fique agitada. “Pare” quer dizer pare imediatamente. Durante a atividade observe e ouça para detectar sinais não verbais: expressão facial e relaxamento sugerem que a atividade está gostosa; manha ou riso exagerado sugerem que é hora de parar.
• Para variar, mude ocasionalmente a rotina e o ambiente.
• Verifique periodicamente com a terapeuta para assegurar-se de que sua dieta para casa é “nutritiva” e responda às necessidades da criança.

Uma dieta sensorial balanceada é como um plano de exercício. Facilitará todas as habilidades da criança de funcionar suavemente, seja ou não uma criança “fora de sincronia”.

Fonte:

Integração Sensorial

O QUE É INTEGRAÇÃO SENSORIAL ?

Todas as informações que recebemos sobre o mundo chegam a nós através de nossos sistemas sensoriais. A habilidade para integrar informações sensoriais é essencial para a aprendizagem e organização do comportamento.

QUAIS SÃO OS SISTEMAS SENSORIAIS ?

Os sistemas mais conhecidos são a visão, a audição, a gustação, e o olfato, mas outros sistemas, relacionados à sensação corporal e ao controle dos movimentos, são também importantes:


Sistema tátil: Informa o que está em contato com a pele: temperatura (calor/frio), textura (macio/áspero) e estereognosia (reconhecimento do objeto sem o auxílio da visão). O tato tem a função de proteger, pois nos informa o que representa perigo, para reagirmos e nos afastarmos. Também nos ajuda a sentir a posição dos objetos na mão para manejá-los corretamente.

Sistema vestibular: Informa sobre a movimentação do corpo no espaço e as mudanças na posição da cabeça. É importante para o equilíbrio, coordenação olho-mão e coordenação bilateral (coordenação dos dois lados do corpo).

Sistema proprioceptivo: Informa a posição do corpo no especo e é essencial para o planejamento dos movimentos.

O QUE É DISFUNÇÃO DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL ?

É o processamento inadequado de informações sensoriais, o que pode levar a dificuldade de aprendizagem e a problemas de comportamento na criança. As falhas mais comuns são nas áreas de processamento tátil, vestibular e proprioceptivo, podendo resultar em problemas motores e dificuldades no desempenho de atividades, tais como jogar bola, andar de bicicleta, se vestir, prestar atenção na aula, escrever e desenhar.

QUAIS SÃO OS SINAIS DE DISFUNÇÃO DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL ?

· Pouca ou muita sensibilidade ao toque, ao movimento, a estímulos visuais e auditivos;
· Medo excessivo de altura e movimento, medos de balanços e de brinquedos de parque;
· Pobre coordenação motora e equilíbrio;
· Criança excessivamente ativa ou muito lenta, cansando-se facilmente;
· Comportamento impulsivo ou dispersivo;
· Atraso na fala e linguagem;
· Baixo rendimento escolar e problemas de escrita;
· Dificuldades para planejar movimentos e seqüenciar tarefas;
· Dificuldade para brincar e fazer amigos;
· Dificuldade para se ajustar a situações novas, rejeitando mudanças de rotina e apresentando comportamentos freqüentes de agressão ou frustração;
· Criança desmotivada, com baixa auto-estima e que evita novas atividades e desafios.

COMO OS PAIS PODEM AJUDAR ?

Os pais podem ajudar sua criança reconhecendo quando ela tem problemas, dando suporte e maior atenção às atividades escolares e, quando necessário, procurando a ajuda de profissionais qualificados. É importante observar como a criança reage aos diferentes estímulos durante as atividades do dia-a-dia e nas brincadeiras. Procure conhecer os interesses e necessidades individuais de sua criança, de forma a proporcionar um ambiente seguro e estimulante que favoreça o crescimento saudável e o desenvolvimento.

COMO A TERAPIA OCUPACIONAL PODE AJUDAR ?

Primeiro é feita uma avaliação para detectar problemas e definir o programa de tratamento. Se há sinais de falha de processamento sensorial, o terapeuta ocupacional poderá usar recursos da abordagem de integração sensorial.
A terapia de Integração Sensorial baseia-se no uso de atividades que desafiam as habilidades da criança e estimulam respostas organizadas a diferentes estímulos sensoriais.
As atividades proporcionam estimulação tátil, vestibular e proprioceptiva e são escolhidas de acordo com as necessidades específicas de cada criança.
A terapia geralmente é muito divertida, pois o ambiente clínico inclui escorregador, carrinhos de rolimã, balanços, trapézio, bolas de diferentes tamanhos, rolos de espuma, colchões, almofadas e uma variedade de brinquedos para a idade da criança.
Nesse ambiente de brincadeira, o terapeuta ocupacional ajuda a alcançar sucesso em atividades que provavelmente não ocorreriam no brincar não-orientado. As atividades são planejadas para dar o “desafio na medida certa” para estimular o desenvolvimento e melhorar o desempenho funcional da criança.
O tratamento proporciona melhoras significativas no brincar, nas atividades de vida diária e na escola, resultando em melhorias no rendimento escolar, na auto-estima e qualidade de vida da criança.

Fonte: UFMG _ Terapia Ocupacional

Porque é que a Terapia Ocupacional é importante para as crianças com autismo?

Neste artigo a terapeuta ocupacional Corinna Laurie, que exerce funções em contexto escolar e é diretora da “ Evolve Children’s Therapy...