10 de set. de 2009

Uma dieta sensorial bem equilibrada

Uma dieta sensorial é definida como um programa de atividades planejadas e programadas que uma terapeuta ocupacional desenvolve especificamente para atender as necessidades do sistema nervoso da criança. Seu objetivo é ajudar a criança a se tornar mais focalizada, adaptável e habilidosa.
Assim como os cinco grupos de alimentos dão nutrientes diários requeridos, uma dieta sensorial diária preenche as necessidades físicas e emocionais. A criança “fora de sincronia” precisa de uma dieta individualizada de nutrientes táteis, vestibulares e proprioceptivos mais que muitos mas não sabe como consegui-la. Então, precisamos e podemos ajudá-la.
Uma dieta sensorial inclui uma combinação de atividades de alerta, organizadoras e calmantes. Uma atividade de alerta ou calmante pode ser a primeira, dependendo das necessidades da criança.

Atividades de alerta beneficiam a criança com hipossensibilidade, que precisa de um empurrãozinho para se tornar mais eficientemente animada. Elas incluem:
• Mastigar cereal seco, pipoca, salgadinhos, bolachas de água e sal, cenoura, salsão, maçã ou espiga de milho;
• Tomar um banho de chuveiro;
• Pular em uma bola de terapia; e
• Pular para cima e para baixo em um colchão ou trampolim.

Atividades de organização ajudam a regular as resposta da criança. Incluem:
• Mastigar barras de cereal, frutas secas, queijo, chiclete ou casca de pão;
• Pendurar-se pelas mãos em uma barra;
• Puxar ou empurrar pesos; e
• Entrar e sair da posição de cabeça para baixo.

Atividades calmantes ajudam a criança hipersensível a diminuir hiper respostas a estímulos sensoriais. Incluem:
• Chupar chupeta, doce duro, barra de fruta gelada ou uma colherada de pasta de amendoim (doce de preferência);
• Empurrar a parede com as mãos, ombros e quadris;
• Balancear, vagarosamente para frente e para trás;
• Abraçar ou uma massagem nas costas; e
• Tomar um banho.

Quando você inicia seu próprio programa de dieta sensorial, é sempre melhor consultar uma terapeuta ocupacional sobre o que a criança necessita. Quais são as atividades apropriadas ? Onde a criança deve fazê-la ? Quando ? Com que freqüência ? Por quanto tempo ?

Aqui estão algumas instruções:


• Determine horários específicos durante o dia para uma sequência estruturada, tal como depois do café da manhã, depois da escola e antes de dormir.
• Se possível, permita a atividade que a criança quer. Frequentemente a criança lhe dirá. Mesmo que não saiba dizer: “Meu sistema nervoso precisa desesperadamente de um intenso de movimento”, você pode ser capaz de ler sua mente conforme ela se prepara para pular do telhado da casinha de brinquedo. Encontre um outro modo de deixá-la pular !
• Deixe que a sua criança dirija a brincadeira. Embora “mais” possa querer dizer mais, supervisione cuidadosamente para que a criança não fique agitada. “Pare” quer dizer pare imediatamente. Durante a atividade observe e ouça para detectar sinais não verbais: expressão facial e relaxamento sugerem que a atividade está gostosa; manha ou riso exagerado sugerem que é hora de parar.
• Para variar, mude ocasionalmente a rotina e o ambiente.
• Verifique periodicamente com a terapeuta para assegurar-se de que sua dieta para casa é “nutritiva” e responda às necessidades da criança.

Uma dieta sensorial balanceada é como um plano de exercício. Facilitará todas as habilidades da criança de funcionar suavemente, seja ou não uma criança “fora de sincronia”.

Fonte:

Porque é que a Terapia Ocupacional é importante para as crianças com autismo?

Neste artigo a terapeuta ocupacional Corinna Laurie, que exerce funções em contexto escolar e é diretora da “ Evolve Children’s Therapy...