10 de set. de 2009

Integração Sensorial

O QUE É INTEGRAÇÃO SENSORIAL ?

Todas as informações que recebemos sobre o mundo chegam a nós através de nossos sistemas sensoriais. A habilidade para integrar informações sensoriais é essencial para a aprendizagem e organização do comportamento.

QUAIS SÃO OS SISTEMAS SENSORIAIS ?

Os sistemas mais conhecidos são a visão, a audição, a gustação, e o olfato, mas outros sistemas, relacionados à sensação corporal e ao controle dos movimentos, são também importantes:


Sistema tátil: Informa o que está em contato com a pele: temperatura (calor/frio), textura (macio/áspero) e estereognosia (reconhecimento do objeto sem o auxílio da visão). O tato tem a função de proteger, pois nos informa o que representa perigo, para reagirmos e nos afastarmos. Também nos ajuda a sentir a posição dos objetos na mão para manejá-los corretamente.

Sistema vestibular: Informa sobre a movimentação do corpo no espaço e as mudanças na posição da cabeça. É importante para o equilíbrio, coordenação olho-mão e coordenação bilateral (coordenação dos dois lados do corpo).

Sistema proprioceptivo: Informa a posição do corpo no especo e é essencial para o planejamento dos movimentos.

O QUE É DISFUNÇÃO DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL ?

É o processamento inadequado de informações sensoriais, o que pode levar a dificuldade de aprendizagem e a problemas de comportamento na criança. As falhas mais comuns são nas áreas de processamento tátil, vestibular e proprioceptivo, podendo resultar em problemas motores e dificuldades no desempenho de atividades, tais como jogar bola, andar de bicicleta, se vestir, prestar atenção na aula, escrever e desenhar.

QUAIS SÃO OS SINAIS DE DISFUNÇÃO DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL ?

· Pouca ou muita sensibilidade ao toque, ao movimento, a estímulos visuais e auditivos;
· Medo excessivo de altura e movimento, medos de balanços e de brinquedos de parque;
· Pobre coordenação motora e equilíbrio;
· Criança excessivamente ativa ou muito lenta, cansando-se facilmente;
· Comportamento impulsivo ou dispersivo;
· Atraso na fala e linguagem;
· Baixo rendimento escolar e problemas de escrita;
· Dificuldades para planejar movimentos e seqüenciar tarefas;
· Dificuldade para brincar e fazer amigos;
· Dificuldade para se ajustar a situações novas, rejeitando mudanças de rotina e apresentando comportamentos freqüentes de agressão ou frustração;
· Criança desmotivada, com baixa auto-estima e que evita novas atividades e desafios.

COMO OS PAIS PODEM AJUDAR ?

Os pais podem ajudar sua criança reconhecendo quando ela tem problemas, dando suporte e maior atenção às atividades escolares e, quando necessário, procurando a ajuda de profissionais qualificados. É importante observar como a criança reage aos diferentes estímulos durante as atividades do dia-a-dia e nas brincadeiras. Procure conhecer os interesses e necessidades individuais de sua criança, de forma a proporcionar um ambiente seguro e estimulante que favoreça o crescimento saudável e o desenvolvimento.

COMO A TERAPIA OCUPACIONAL PODE AJUDAR ?

Primeiro é feita uma avaliação para detectar problemas e definir o programa de tratamento. Se há sinais de falha de processamento sensorial, o terapeuta ocupacional poderá usar recursos da abordagem de integração sensorial.
A terapia de Integração Sensorial baseia-se no uso de atividades que desafiam as habilidades da criança e estimulam respostas organizadas a diferentes estímulos sensoriais.
As atividades proporcionam estimulação tátil, vestibular e proprioceptiva e são escolhidas de acordo com as necessidades específicas de cada criança.
A terapia geralmente é muito divertida, pois o ambiente clínico inclui escorregador, carrinhos de rolimã, balanços, trapézio, bolas de diferentes tamanhos, rolos de espuma, colchões, almofadas e uma variedade de brinquedos para a idade da criança.
Nesse ambiente de brincadeira, o terapeuta ocupacional ajuda a alcançar sucesso em atividades que provavelmente não ocorreriam no brincar não-orientado. As atividades são planejadas para dar o “desafio na medida certa” para estimular o desenvolvimento e melhorar o desempenho funcional da criança.
O tratamento proporciona melhoras significativas no brincar, nas atividades de vida diária e na escola, resultando em melhorias no rendimento escolar, na auto-estima e qualidade de vida da criança.

Fonte: UFMG _ Terapia Ocupacional

Porque é que a Terapia Ocupacional é importante para as crianças com autismo?

Neste artigo a terapeuta ocupacional Corinna Laurie, que exerce funções em contexto escolar e é diretora da “ Evolve Children’s Therapy...