17 de fev. de 2012

Adaptações em sala de aula para crianças dispráxicas

Conforme as crianças vão crescendo dentro do âmbito escolar, esta começa a exigir maior independência para a realização de trabalhos. Com isso, sugiro algumas diretrizes no intuito de facilitar não somente o trabalho do professor, mas também, o do aluno diagnosticado com Dispraxia.

É sempre importante lembrar que não só os alunos com alguma dificuldade, no caso aqui, me refiro ao aluno dispráxico, mas também, todos os alunos em geral se beneficiam com a repetição de instruções dadas em sala de aula. Estas instruções, para que sejam compreendidas, precisam ser passadas com uma linguagem clara e precisa para que o aluno se mantenha em sua zona de conforto durante o aprender.

Para uma criança dispráxica é necessário achar maneiras de avaliá-la sem que ocorra sentimento de ansiedade e não haja nenhum trauma no processo da aprendizagem. Sugiro aqui, algumas idéias a serem estabelecidas em sala de aula:

• Permita que o aluno encontre ferramentas para a produção da escrita que seja confortável a ele, como diferentes tipos de lápis, caneta, borracha, etc.
• Motive sempre o aluno a produzir uma grafia legível: disponibilize, por exemplo, a opção de escrever em letra cursiva ou em letra de forma, mesmo que isso não seja um requisito do currículum nacional de escrita. Providencie papeis com pauta, ou então permita que ele utilize de régua quando apropriado.
• Peça apenas a quantidade de trabalho que o aluno consiga produzir em sala de aula e no tempo apropriado. Não o deixe passar os recreios e horários de lanche terminando a atividade realizada em sala de aula.
• A criança na idade escolar frustra-se em ver a má aparência de sua letra ou desenho e isto, a torna consciente de que não apresenta habilidades necessárias para tal atividade. Ao invés de reforçar isto, procure dar uma devolutiva de melhora em seu trabalho e o tanto que isso é importante.
• Ao corrigir o trabalho de uma criança dispráxica, evite marcar todos os erros que ela apresentar em seu caderno, e sim, registre no livro de notas ou recordes do professor.
• Incentive a apresentação oral de trabalhos ao invés de dissertação escrita.


O ambiente escolar pode sim ser adaptado e minimizar o nível de ansiedade que estas crianças vivenciam em seu dia-a-dia. Sugiro também a presença de um Terapeuta Ocupacional dentro das escolas, para melhor atender as demandas desta, este texto apresenta apenas algumas sugestões para a resolução do problema. (D.A.)

Porque é que a Terapia Ocupacional é importante para as crianças com autismo?

Neste artigo a terapeuta ocupacional Corinna Laurie, que exerce funções em contexto escolar e é diretora da “ Evolve Children’s Therapy...