É dificil observar pobre modulação sensorial, mas sim, bastante dificuldade com o controle motor. Com isso, a dispraxia aparenta ser um problema motor, assim como outros tipos de desordem no processamento sensorial que se apresenta como dificuldades para o aprendizado acadêmico. É difícil enxergar o problema por ele mesmo, mas sim, as manifestações físicas dele. Quando tentar ajudar uma criança com Dispraxia, é importante lembrar que o problema está "dentro" da criança, ou seja, como seu cérebro processa as informações sensoriais vindas do ambiente.
Quando nos referimos ao ambiente escolar, várias crianças com Dispraxia apresentará com dificuldade para o aprendizado, mas não todas elas. É possível ser Dispraxico e aprender adequadamente mas com muito mais esforço para o aprendizado do que uma outra criança da mesma idade. Ser inteligente ajuda a compensar o problema, o que não significa, necessariamente, que a criança se sente melhor e mais segura.
Nos anos que antecedem o ensino fundamental, a criança aprende através de uma organização de vários estímulos sensoriais, especialmente os estímulo que vem dos olhos, ouvidos, dos receptores do sistema vestibular (movimento), tátil (toque) e proprioceptivo (sensação corporal advinda da musculatura e articulações). A percepção visual é auxiliada pelas sensações do corpo e da gravidade, com isso, se esses sistemas não estão trabalhando adequadamente com o sistema nervoso central, o processamento visual e as habilidades de leitura estarão comprometidas.
Uma pobre percepção corporal interfere diretamente com o colorir, o desenhar e com a escrita da criança. É observado também, durante o recreio que a criança com Dispraxia apresenta-se descoordenada e confusa com os brinquedos do parquinho. Outras crianças talvez riem e evitem brincar com ela, por causa do pobre processamento sensorial que ela apresenta, gerando com isso sensação de "não conseguir" de "não poder" e esses sentimento são levados para dentro da sala de aula, dificultando todo o processo de aprendizagem. (D.A.)