8 de set. de 2012

Sindrome de Down - Sugestões para crianças de 0 à 2 anos


Neste período, a relação entre mãe e bebê, e família e bebê, é essencial para a constituição e amadurecimento desta criança. Esta fase é rica em transformações e é quando o bebê amadurece neurologicamente e inicia seu processo emocional. As experiências vividas nesssa fase da vida contibuem imensamente para a constituição da personalidade e das primeiras experiências motoras e cognitivas, que terão papel primordial na relação que ele estabelecerá com o ambiente nas idades e fases futuras.

Esta fase é chamada por Piaget como período sensoriomotor, pois é quando a criança  desenvolve sua inteligência prática e sua noção de mundo é construída por meio da percepção e da ação. Essas primeiras interações são fundamentais no desenvolvimento do pensamento, da cognição e da percepção.

A criança com síndrome de Down vai desenvolver sua discriminação sensorial como qualquer outra criança, por meio de suas vivências diárias. Mas se elas tiverem a chance de variar essas experiências a cada dia, vão desenvolver de maneira mais adequada habilidades de antecipação, identificação e ajuste das musculaturas das mãos e braços.

O que é importante nesta fase? 

Ideias e sugestões
- Aproximar pernas e braços da criança quando ela está deitada.
- Pendurar um móbile, feito com formas grandes, tecidos coloridos e diferentes texturas, a uma altura de 30 cm da criança deitada, no berço.
- Deixar a criança viver diferentes experiências sensoriais usando objetos do dia a dia, como cascas de frutas, esponjas com diferentes texturas, deixar que o bebê sinta no corpo sensações de diferentes materiais.
- Explicar a rotina para a criança, conversar com ela durante as atividades diárias.

- Aproximar o rosto da mãe do rosto do bebê. O rosto apresenta várias formas e cores, e o bebê vai acompanhar e notar as mudanças, como um batom, por exemplo.

- Ajudar o bebê a tocar os dedos do pé.

- Trabalhar com o bebê que ainda não se senta sozinho com apoio em cadeirão ou cadeirinha de carro. Pode-se usar toalhas enroladas para apoiá-lo, impedindo que caia para o lado.

- Trabalhar com a criança sentada, no meio das pernas da mãe, estimulando que traga o brinquedo para o meio e os passe de uma mão para a outra.

- Esconder objetos que interessam a criança e estimulá-la a procurar (“Achou!”), para estimular a compreensão da permanência, ou seja, mostrar que o objeto continua lá, mesmo quando não o vemos.

- Permitir que a criança fique com os parentes quando a família está reunida.

- Deixar a criança com a mãe enquanto ela estiver cozinhando, para que ela possa mexer na comida, sentir cheiros e texturas, obviamente, com atenção à segurança.

- Expor a criança a estímulos diferenciados. Mostrar coisas que ela não conhece, como por exemplo, levá-la a um jardim e deixar que brinque na grama, com flores e troncos de árvores.

- Colocar brinquedos a uma certa distância, para estimular a criança a se arrastar até eles.

- Posicionar brinquedos ao lado do bebê para estimular a lateralidade, reação de apoio e descarga de peso nos braços.

- Colocar objetos e brinquedos em uma mesa baixinha, estimulando a criança a ficar em pé e liberar os braços.

- A partir de um ano de idade, mostrar para a criança a função dos objetos do dia a dia, como por exemplo, mamadeira, bola, telefone.

- Trabalhar ações de causa e consequência para que a criança aprenda que tem influência sobre o meio. Existem brinquedos que trabalham isso, como os que têm botões que você aperta provocando uma ação (música, ou um boneco que pula de uma caixa, por exemplo).

- Propor atividades em que a criança coloque e tire brinquedos de dentro de uma caixa ou lata.

- Brincar de empilhar blocos e copos, ou de colocar copos um dentro do outro.

- Trabalhar a coordenação motora e a relação de tamanho entre os objetos e cores com argolas que são colocadas em um eixo.

- Oferecer à criança livros infantis com figuras grandes e diferentes texturas, deixar que ela os manuseie.

- Usar gelatina para mostrar a transformação do material, e a possibilidade de a criança explorá-lo e experimentá-lo.

- Estimular a criança a se alimentar sozinha pegando pedaços de frutas com as mãos; usar a colher com a supervisão de um adulto.

- Estimular a criança a segurar a mamadeira ou o copo infantil sozinha, com as duas mãos, bem como a caixinha de suco ou achocolatado.

- Pedir ajuda da criança na hora de trocar a roupa, por exemplo, deixando que ela faça parte sozinha e pedir à criança que termine de tirar uma peça de roupa, como por exemplo, o casaco ou o último braço da camiseta.

(Fonte: Guia do bebê com síndrome de Down – dr Zan Mustacchi)

Comentários e Sugestões


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22 de ago. de 2012

Contando Histórias



Se eu perguntar, tenho certeza que você vai lembrar de alguma história que ouvia ou lia quando era criança. Cada um de nós, a sua maneira, lembra de alguma história que foi lida / contada na infância e até hoje guarda muitos detalhes.

Certamente em algum momento de sua vida você teve interesse por livros, leitura e figuras. Alguns de nós mantivemos o hábito, outros não.

O que sabemos é que a leitura, além de fundamental para o desenvolvimento intelectual das crianças, é também um aliado simples e gostoso de praticar também em casa através da contação de histórias.

Mas de que contação estamos falando? Daquelas que a avó fazia, ou o pai antes de dormir, ou quando ficávamos com medo e a mãe contava até pegarmos no sono. É só vasculhar na memória, certamente encontraremos um momento desses no passado.

Já se sabe o poder da fascinação que a contação de histórias produz nas crianças. Mas, além desse encantamento pelo maravilhoso ou conto de fadas, as histórias contribuem para o simbolismo e “resolução” dos conflitos que são comuns a todos. Falamos nesse caso da difícil tarefa de crescer e amadurecer no desenvolvimento humano. Nessa fase de diferenciação entre real e fantasia, razão e imaginação, os contos permitem que as crianças transportem para a realidade aquilo que é contado, reformulando a partir da sua escuta a melhor forma de utilizar os ensinamentos / palavras das histórias. Permite também às crianças imaginar-se em outra carcaça, outro tempo. Possibilita o ir e vir saudável, fundamental para o desenvolvimento, onde as crianças conseguem imaginar-se dentro dos contos e ao mesmo tempo reconhecê-los apenas como um mundo fantasioso além da sua própria realidade, ou até mesmo como um escape da realidade que nem sempre é tão divertida e colorida.

A nós adultos, cabe a tarefa de sermos porta-vozes dessas fantasias disponíveis para o mundo das crianças. E como faremos isso? Através de uma boa leitura, de um bom livro (aquele que você também tenha prazer em estar lendo), interesse e disponibilidade para apresentar um mundo novo.

Os contos permitem que as crianças enfrentem seus medos, conflitos e angústias, seja com o auxílio das bruxas, vilões ou monstros. Como também renovam as esperanças através de bons atos, amor e carinho com os heróis e mocinhas.

Mário Corso e Diana Corso (2006, p. 17) em Fadas no Divã falam que “(...) ouvir histórias é um dos recursos que as crianças dispõem para desenhar o mapa imaginário que indica seu lugar, na família e no mundo”.

A contação de histórias, portanto, ajuda a pensar sobre nossa existência, nossos comportamentos e num mundo melhor. Claro que elas não trarão felicidade ou a solução dos problemas, nem tornarão o mundo melhor. Mas com certeza ajudarão nessa difícil jornada. Com isso, as crianças passam a enxergar outros caminhos, outras idéias e novos personagens para seus enredos.

Aos pais, contar histórias, portanto, vai muito além de conseguir fazer o filho dormir ou deixá-lo quietinho. Contar histórias aproxima os relacionamentos, estreita as ligações maternas e paternas. As histórias contadas com amor e carinho, com gosto, estimulam a criatividade, a inteligência, a criação, o pensamento e principalmente: o querer e o sentir.

Exercite essa arte. Escolha um livro que você goste ou que conheça a história ou que gostaria de apresentar para seu filho. Crie um ambiente acolhedor, tranqüilo. Faça desse hábito um evento, um momento em família. Utilize desse tempo para fazer parte de um mundo de fantasias. Pegue seu filho no colo, mude o tom de voz, permita que ele veja você sendo outros personagens e veja-o como participante dessa aventura. Saboreie a alegria e entusiasmo que as histórias produzem nas crianças. Utilize dos contos também para passar aquele recado que está difícil de ser escutado, falar sobre assuntos sérios, educativos ou simplesmente contar uma história. Afinal, contar história nem sempre precisa passar uma lição.
Depois disso, me conte uma história sobre essa experiência.
Referência utilizada:
CORSO, D. L. e CORSO, M. Fadas no Divã – Psicanálise nas Histórias Infantis. Porto Alegre: Artmed, 2006.

Fonte: http://espacodomquixote.blogspot.com.br/search/label/pais%20e%20filhos Caroline Ciceri - carolinepsico@espacodomquixote.com.br

Terapia Ocupacional e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

                                      

O tratamento terapêutico ocupacional com crianças com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade oferece um espaço protegido e continente, atenuando os sintomas. Como o comportamento inconstante e imprevisível interfere no desenvolvimento pessoal e social, na desatenção, na impulsividade, na inquietação e na baixa auto-estima, o tratamento aumenta as capacidades sociais e previne futuros desajustes sociais.

O terapeuta ocupacional oferece recursos para uma intervenção na esfera física, psíquica, social e sensorial, sendo um espaço acolhedor, protegido que compreende e auxilia a criança durante todo o processo terapêutico a atenuar os sintomas do TDAH utilizando-se de atividades lúdicas, corporais, artísticas e de criação. Essas atividades auxiliam na organização do indivíduo, atuando na independência, na estruturação emocional, percepção cognitiva (regras/limites, atenção, concentração), nas atividades de vida diária (alimentação, vestuário, auto-cuidado), nas atividades de vida de trabalho (escola), nas atividades de vida de lazer (brincar) e socialização.

Os atendimentos em Terapia Ocupacional podem ser individuais, em grupo ou domiciliar, além de orientar os pais e professores. Sabe-se que é fundamental o envolvimento da família e a participação da escola para o sucesso do tratamento.

Algumas crianças apresentam dificuldades no processamento sensorial, ou seja, apresentam uma dificuldade em processar a comunicação entre os sentidos que recebem e o que chega ao cérebro, de modo que as informações chegam com intensidade exagerada ou com intensidade diminuída. Por isso, vê-se a necessidade de realizar um perfil sensorial da criança, solicitando aos pais ou cuidadores lembrar como a criança reage a ruídos altos, toque inesperado, certos tipos de roupas, etc. É importante lembrar que nem todas as crianças com TDAH têm problemas de processamento sensorial, mas a maioria das crianças com problemas sensoriais integrativa podem apresentar sintomas de TDAH.

Fonte: http://espacodomquixote.blogspot.com.br/2011/09/terapia-ocupacional-e-o-transtorno-do.html Priscila Straatmann Morél - priscilato@espacodomquixote.com.br

A estimulação precoce em bebês e crianças

O estímulo que recebe o bebê constitui a base do seu desenvolvimento futuro

O estímulo precoce, como o próprio nome já diz, tem como objetivo desenvolver e potencializar, através de jogos, exercícios, técnicas, atividades, e de outros recursos, as funções do cérebro do bebê, beneficiando seu lado intelectual, seu físico e sua afetividade. Um bebê bem estimulado aproveitará sua capacidade de aprendizagem e de adaptação ao seu meio, de uma forma mais simples, rápida e intensa.

Todos sabemos que os bebês nascem com um grande potencial e que cabe aos pais fazer com que este potencial se desenvolva ao máximo de forma adequada, positiva e divertida.

Para entender este processo, é necessário que entendamos primeiro, com é o amadurecimento do ser humano. Ao contrário dos animais, os seres humanos somos muito dependentes dos nossos pais desde que nascemos. Demoramos mais para caminhar e dominar nosso ambiente. Tudo depende da aprendizagem que tivermos. Apesar da nossa capacidade estar limitada pela aprendizagem, nossas habilidades estão relacionadas à sobrevivência. Sem o aprendizado, nos convertemos em seres indefesos, sós, e expostos a todo o bem ou mal. Por outro lado, se aprendemos, nosso cérebro adaptável, nos permitirá crescer e sobreviver diante das situações mais adversas.

A estimulação precoce o que faz é unir esta adaptabilidade do cérebro à capacidade de aprendizagem, e fazer com que os bebês saudáveis amadureçam e sejam capazes de adaptar-se muito melhor ao seu ambiente e às diferentes situações. Não se trata de uma terapia nem de um método de ensino formal. É apenas uma forma de orientação do potencial e das capacidades dos mais pequenos. Quando se estimula um bebê, está-se abrindo um leque de oportunidades e de experiências que o fará explorar, adquirir destreza e habilidades de uma forma mais natural, e entender o que ocorre ao seu redor.

Quando estimular um bebê

Colocar em prática uma estimulação precoce, é uma decisão absolutamente pessoal. Os pais são os que podem decidir se a querem ou não aplicá-la ao cotidiano do seu filho. No entanto, se decidem pelo estímulo precoce, deverão iniciá-lo o mais breve possível, já que, segundo os especialistas, a flexibilidade do cérebro vai diminuindo com a idade. Desde o nascimento até os 3 anos de idade, o desenvolvimento neuronal dos bebês alcança seu nível máximo. A partir dos 3 anos, começará a decrescer até sua total eliminação aos 6 anos de idade, quando já estarão formadas as interconexões neuronais do cérebro do bebê, fazendo com que seus mecanismos de aprendizagem sejam parecidos ao de uma pessoa adulta. É claro que continuarão aprendendo, mas não ao mesmo ritmo e com todo o potencial de antes.

Todos os bebês experimentarão diferentes etapas de desenvolvimento que podem ser incrementadas com uma estimulação precoce. Para isso, deve-se reconhecer e motivar o potencial de cada criança individualmente, e apresentar-lhe objetivos e atividades adequadas que fortaleçam sua auto-estima, iniciativa e aprendizagem. A estimulação que o bebê recebe nos seus primeiro anos de vida, constituem a base do seu desenvolvimento futuro.

Além das atividades que se aplicam na estimulação do bebê, é muito importante destacar que o ambiente também é uma ferramenta que devemos considerar. O ambiente não é somente um lugar tranquilo, onde se respira respeito, tolerância, paciência, o acordo e a união, também são as pessoas que acompanham ao pequeno. Se o bebê conta com a companhia de pessoas significativas para ele, como é o caso dos seus pais, eles se sentirão apoiados em seu vínculo afetivo, em suas habilidades e destrezas. A estimulação será mais completa.

Fonte: http://br.guiainfantil.com/estimulacao-infantil/72-a-estimulacao-precoce-em-bebes-e-criancas.html

20 formas estimulantes de brincar com um bebê


Quem já não teve aquela sensação estranha de que não tem a menor ideia do que fazer com o bebê uma vez que ele esteja bem alimentado, limpinho e descansado! Tudo bem, o básico de manter um recém-nascido vivo até que foi aprendido, mas o que fazer agora com aquele serzinho que fica com o olhar meio perdido e não demonstra ainda nenhum interesse em nossos esforços de cantar ou balançar brinquedos? E que, só para quebrar a monotonia, de vez em quando solta um choro bem sentido?

É certo que bebês pequenos interagem pouco, mas isso não quer dizer que brincar com eles não seja importante. Desde o primeiro dia em casa, seu filho vai estar ligado em tudo que acontece a seu redor, mesmo que não pareça. Conexões estão sendo feitas no cérebro dele e informações, decodificadas e categorizadas o tempo todo.

As brincadeiras servem para encaixar tudo isso como se fosse um quebra-cabeça e serão fundamentais para o desenvolvimento social, emocional, físico e cognitivo do seu filho à medida que ele crescer.

As interações têm também a vantagem de aproximar pais e filhos e de tornar os momentos que passam juntos mais prazerosos. Vale lembrar ainda: quanto mais ele ri, menos chora!

Outra coisa importante para ter em mente é que repetição é a chave do sucesso. Muitas brincadeiras não surtirão efeito algum da primeira vez que você tentar, porém, se insistir, o bebê vai acabar dando risada só de perceber que você pegou um determinado brinquedo.

O nível de atenção varia bastante, dependendo da idade da criança, do temperamento e até do humor do momento. Às vezes ele vai ficar envolvido em uma atividade por até 20 minutos, mas o mais comum é que a brincadeira precise mudar a cada cinco minutos, mais ou menos.

Você perceberá que ele está entretido se ficar virado para você, sorrindo, gargalhando ou dando aqueles gritinhos de alegria. Quando começar a se virar para o outro lado, chorar ou mostrar sinais de impaciência, é hora de algo novo.

Alguns bebês ficam excitados além da conta com mais facilidade, por isso se o seu começar a chorar durante a brincadeira, não se decepcione. Pense em atividades mais tranquilas, como contar histórias, ouvir música ou até um intervalinho para uma mamada ou uma volta de carrinho.

Saiba ainda que nem toda criança vai gostar de uma brincadeira só porque é apropriada para a sua idade. Não deixe que esse tipo de coisa suscite aqueles pensamentos "Nossa, meu filho não está tentando pegar o bloquinho como deveria, então deve ter algo errado com ele!". Provavelmente não há.

É muito comum que uma criança demore mais que as outras para alcançar um determinado marco de desenvolvimento e seja mais rápida em outro. Dito isso, é claro que, se você realmente suspeitar de algum atraso, confie nos seus instintos e não deixe de mencionar para ao pediatra na próxima consulta.

Recém-nascido a 3 meses

Para muitos pais e mães de primeira viagem, um recém-nascido pode até parecer nada mais que uma máquina de fazer cocô e de chorar. No máximo, uma criaturinha que passa a maior parte do tempo deitada inerte. Então não tem jeito mesmo de se conectar a esse ser e até se divertir com ele?

Tem sim. A melhor estratégia para isso é aguçar os sentidos do seu filho: através do toque, da visão (lembrando que ele ainda não enxerga muito bem), do olfato e da audição. O paladar fica para um pouco mais tarde, quando a variedade de sabores entrar na vida dele.

Observação: Seja paciente e contenha suas expectativas, porque poderá levar um tempinho para o bebê responder a seus estímulos, se responder. O máximo que você pode fazer é continuar tentando ou esperar para que ele esteja um pouco mais acordado para querer brincar.

Dois pra lá, dois pra cá

Naquele finalzinho de tarde melancólico, em que ele invariavelmente abre o berreiro, sempre na mesma hora, como se fosse relógio, experimente colocar uma música bem gostosa (só não exagere nas batidas e no volume), segurá-lo nos seus braços e dançar juntinho pela casa.

Vá com calma e comece com movimentos mais suaves, não se esquecendo de apoiar o pescoço do neném e de não sacudi-lo. Quando seus braços cansarem, deite o bebê de modo que possa acompanhar você e mantenha os passos.

Movimentos exagerados e engraçados, como rebolar ou balançar braços para cima e para baixo, são especialmente cativantes para crianças pequenas.

Olha que legal!

A maior parte das brincadeiras desta fase consiste em mostrar coisas para o seu filho. Vale qualquer objeto da casa que não corte, queime ou possa ser engolido. Bebês adoram colheres, espátulas, tampas, embalagens de margarina ou xampu vazias e lavadas, almofadas aveludadas, caixinhas de presente e paninhos.

Tenha uma "caixa secreta" de itens interessantes por perto para, de repente, tirar alguma surpresa de lá como se fosse mágica. Segure o objeto a cerca de 30 centímetros de distância do bebê e encare-o com encantamento para mostrar como isso funciona para seu filho. "Nossa, olha que incrível como essa caixa abre e fecha!".

No que diz respeito a livros, não espere que uma criança tão pequena realmente entenda do que se tratam. Mas o ritmo da sua voz e a sua companhia, além de estímulos visuais, costumam ser apreciados pelos pequenininhos. Você vai saber se ele está gostando da atividade se ficar atento e quietinho enquanto você vira páginas e aponta para formas e ilustrações coloridas.

Os bebês não costumam prestar atenção por muito tempo e quando ficam um pouco mais velhos começam a pegar os livros da sua mão e fechá-los. Não estranhe, porque isso faz parte do desenvolvimento. O que conta para eles é a interação com você, não a história em si.

O que é isso em cima da minha cabeça?

Você logo vai perceber como dá para se divertir achando tesouros na sua própria casa, sem ter que sair por aí gastando dinheiro. Veja a seguir três ideias para começar:

• amarre ou cole fitas ou tecido em uma colher de pau e suavemente passe por cima e na frente do rosto do bebê.
• pegue um lenço mais sedoso e balance-o pelo ar, deixando-o pousar na cabeça do bebê.
• enrole um brinquedo pequeno em um daqueles elásticos mais molinhos e lance-o para baixo e de volta às suas mãos, como se fosse ioiô, falando "Boing! Boing!" toda vez que descer.

Observação: Nunca deixe uma criança sozinha com fitas e laços, porque eles podem facilmente ficar enrolados no pescoço ou ser colocados na boca.

Solte a voz

A sua voz é um susto? Não tem o menor problema, porque seu filho não sabe disso e tudo que sai da sua boca é música para os ouvidos dele.

Caso ainda não tenha feito isso, é hora de reaprender alguns clássicos do repertório infantil, como "Boi, boi, boi, boi da cara preta…", "Ciranda, cirandinha…", "Como pode um peixe vivo viver fora…", "A canoa virou…" e "A dona aranha subiu pela parede…". Se não conseguir se lembrar das letras, faça uma busca na Internet.

Procure fazer vozes diferentes, mudar o tom, cantar mais baixinho e, de repente, mais alto, incluir o nome do bebê na música. Acrescente objetos ao número musical, como um fantoche ou até uma meia colocada em cima da sua mão fechada.

Pode ser que a princípio tudo pareça meio bobo, mas, à medida que você perceber o quanto seu filho gosta de ouvir você cantar, isso passa. A verdade é: acostume-se a cantar, porque a música tende a ser parte essencial da infância e do aprendizado das crianças.

4 a 6 meses

Nesta idade, o bebê começa a ficar bem mais ativo, ao aprender a virar de um lado para o outro e a se sentar. Outra novidade é a habilidade de segurar, manipular e levar objetos à boca, algo que o ocupará por horas a fio e exigirá atenção redobrada da sua parte.

As crianças passam também a responder melhor às tentativas de entretê-las, soltando gritinhos de alegria e olhando os pais nos olhos.

Bolinhas de sabão

Elas são simplesmente irresistíveis, e agora a visão do seu filho já o permite acompanhá-las a uma maior distância. No meio de uma crise de choro, procure uma área externa e comece a assoprar as bolinhas só para ver o que acontece: as lágrimas param na hora. E se puder ir a um local onde crianças maiores estejam brincando, melhor ainda. Elas virão correndo para olhar as bolhas também e acabarão entretendo o bebê só com sua presença. Outra vantagem é que esse é um brinquedo fácil de transportar e barato.

Vou te pegar!

Não há criança no mundo que resista à ameaça de um monte de beijos, abraços e cócegas. É só dizer: "Júlia: estou vendo você sentadinha aí... Acho que vou aí te pegar e te encher de beijinhos. Vou te pegar! Vou te pegar! Te peguei!". Faça então o prometido e veja só que gargalhadas gostosas vai receber.

Você pode também ameaçar de "comer" pés, mãos e barriga, outro sucesso garantido. Quando seu filho for mais velho, modifique um pouco a brincadeira, acrescentando uma corrida de pega-pega pela casa (aliás, essa brincadeira é uma maravilha de fazer quando você está atrasada e ele "emperra" que não quer sair de jeito nenhum -- é só começar com um "Cuidado que eu vou te pegar…" em direção à porta).

Dedo mindinho, seu vizinho…

Pegue delicadamente cada dedinho do seu filho e vá dizendo o famoso "dedo mindinho, seu vizinho, pai de todos, fura-bolos e mata piolhos", terminando com seus dedos da mão escorregando para a barriga dele, em uma coceguinha gostosa.

Há também a versão para os dedos dos pés, começando pelo dedão: "Este porquinho foi ao mercado; este porquinho ficou em casa; este porquinho comeu carne assada; para este porquinho, não sobrou nada. E este porquinho aqui veio gritando ... (e aí é a hora de subir com seus dedos até a barriga, para fazer cócegas) até chegar em casa".

Esse tipo de brincadeira é muito útil na hora de colocar meias e sapatos ou de distrair a criança para trocar a fralda sem muito vira-vira.

De barriga para baixo

 Colocar o bebê de bruços no chão (em cima de uma toalha mais felpuda ou um edredom), mesmo se ele reclamar um pouco, já que a posição é mais cansativa.

Ajude-o a se divertir com isso deitando-se também no chão de barriga para baixo e fazendo um olho-no-olho. Depois, vire-o devagarzinho de um lado para o outro fazendo algum som engraçado (pode até ser um simples "Opa" a cada virada) para incrementar a atividade.

Bebê voador

Agora que a cabeça está mais firme, já dá para brincar de aviãozinho ou de foguete, fazendo o bebê "voar" na horizontal, deitado e bem apoiado entre seus braços (papais costumam ser craques nessa brincadeira). Uma variação é brincar de elevador: você segura o bebê no colo e sobe e desce em direção ao chão com ele, contando os andares ao mesmo tempo (a menos que esteja em excelente forma física, você não precisa se agachar até o chão!).

7 a 9 meses

Seu filho já é quase um especialista em se sentar e logo logo estará engatinhando por aí. Encha-o de elogios a cada conquista, mesmo após os inevitáveis tombos. "Lucas, olha só como você consegue sentar bonito!". Bebês adoram palmas como parte do elogio.

Outra coisa que faz cada vez melhor é passar objetos de uma mão para a outra e segurá-los. Além do mais, ele começa a entender que, se um brinquedo não está à vista, isso não quer dizer que sumiu para toda a eternidade. Aproveite para brincar bastante de esconder o rosto atrás das mãos perguntando "Onde está a mamãe?" e depois abri-las dizendo "Achou!".

Pega, segura e bate

Se ele tiver um só brinquedo na mão, vai tentar batê-lo na mesa sem parar. Se tiver dois, vai tentar bater um no outro, segurá-los contra a luz para ver o efeito, batê-los separadamente e depois junto na mesa, transferi-los de uma mão para a outra, enfim, uma infinidade de combinações.

Para ajudar, tenha sempre por perto itens que fazem sons interessantes, como embalagens plásticas vazias, colheres de metal, sinos e chocalhos.

No controle

Bebês adoram observar situações de causa e efeito, como quando percebem que, se apertam um botão, a luz se acende. É estimulante para eles, mas pode dar muito trabalho para você ter que aguentar o tempo todo a insistência de ser pego no colo mil vezes para acender e apagar luzes.

Para evitar conflito, tente oferecer um telefone de brinquedo a fim de saciar a vontade dele de controlar as coisas. Outra alternativa é deixar de propósito, em alguma gaveta ou armário mais baixo, itens seguros que possam ser "encontrados" e manipulados sem risco. Não deixe de verificar antes se não há mesmo nenhum pedaço de madeira ou outro acabamento se soltando que possa machucar o bebê.

Corrida de obstáculos

Se o seu filho estiver engatinhando, se arrastando de bumbum ou até, se for apressado, dando os primeiros passinhos, incremente a experiência com muitos obstáculos no meio do caminho para ele tirar da frente -- algo que é ótimo também para aprimorar as habilidades motoras da criança. Valem almofadas, revistas velhas e até pais cansados! Só não use animais domésticos, porque o bebê pode machucá-los sem querer.

Rola a bola

Crianças pequenas são apaixonadas por bolas e pelo jeito como elas se movimentam. Experimente só jogar uma bola bem grande para cima e deixá-la cair no chão como se não tivesse conseguido pegá-la a tempo.

Outra forma divertida de brincar com bolas é escolher uma de plástico molinho ou tecido e jogá-la na direção do bebê. Aos poucos, ele vai aprender a pegá-la e jogar de volta para você. Por enquanto, nada de chutes ou cestas.

10 a 12 meses

Seu bebê já não é mais aquela coisinha frágil de outros tempos e, a cada dia que passa, aprende novidades mais depressa e precisa passar mais tempo no chão, para explorar o mundo. Nesta fase, atividades que estimulem o desenvolvimento motor, como ficar de pé, empurrar e tentar subir, são importantíssimas.

Arruma e desarruma

Agora que a criança está descobrindo a conexão entre objetos do mundo, ela vai gostar de empilhar bloquinhos, colocar cubos em uma determinada ordem (que pode não fazer nenhum sentido para você) ou encher e esvaziar caixas com peças menores (fique sempre se olho para que não sejam pequenas demais e possam ir parar na boca).

Dê a seu filho uma caixa de sapato fácil de abrir e mostre como dá para colocar várias coisas lá dentro e tirar tudo depois. Em um dia mais quente, procure uma sombra gostosa e leve potes pequenos de plástico para ele encher e esvaziar com água.

Tudo por um brinquedo

Uma vez que seu filho já fique de pé, coloque-o em uma ponta do sofá e na outra um brinquedo daqueles bem queridos, para que tenha que chegar do outro lado para alcançá-lo. Talvez você tenha que mostrar como funciona essa brincadeira, deixando algo seu lá e se arrastando de joelhos para pegar. Aumente a distância quando perceber que ficou fácil demais, mas não comece com um percurso muito difícil, porque isso pode frustrá-lo, fazendo-o desistir.

Seu mestre mandou…

Faça um barulho estranho e olhe para o bebê para ver se ele imita você. Pode ser que sim ou pode ser que resolva fazer seu próprio som engraçado, e aí será a sua vez de imitar ou de criar de novo algo diferente.

E não se limite só a sons. Faça caretas ou movimentos e veja só o que acontece.
Aproveite algum gesto inesperado do seu filho e o repita para mostrar como você sabe fazer como ele, o que o deixará superfeliz.

Hora do banho

Nenhuma criança desta idade se contenta mais em simplesmente sentar na banheira e ser lavada. Bebês mais velhos querem ficar de pé, jogar água para todos os lados, pegar seu cabelo, amassar o sabonete ou o recipiente de xampu.

O melhor jeito de não transformar a hora do banho em uma loucura para você é ter muitos brinquedos para distrair seu filho na água. E isso não quer dizer ter que sair para comprar. Com certeza na sua própria cozinha há uma série de potes e embalagens plásticas que podem servir perfeitamente para brincar, é só procurar e testar para ver o que dá certo.

Depois do banho, lave e enxágue bem os "brinquedos" e deixe-os secando no escorredor de louça.

Atenção: Nunca deixe um bebê brincando sozinho, nem por um segundo, na banheira.

Joyce Lollar é mamãe da Violet e escreve um diário sobre sua filha no BabyCenter dos Estados Unidos, chamado Tending Violet ( http://www.babycenter.com/tending-violet).



26 de jul. de 2012

Quem precisa mudar ???

Quando vemos uma criança com algum tipo de dificuldade que persiste em um comportamento indesejável muitas vezes comentamos: não adianta, ele não deixa de fazer isso. Seria interessante pensar que todo comportamento tem um antecedente e um consequente. Se analisarmos o que desperta esse comportamento e nossa reação a ele às vezes é mais fácil mudá-lo. Por exemplo, se cada vez que a criança grita a mãe pede que fique quieta, ela está tendo uma resposta a um comportamento indesejável, que fará com que ele persista. Se ignoramos a criança quando está gritando ( e sei que é difícil fazê-lo), o comportamento tende a desaparecer. Podemos então dar atenção a um comportamento mais positivo e reforçá-lo.

Estou emprestando uma citação da Ellen Nothbom, que é uma mãe muito sábia:

"Se, apesar de seus repetidos esforços, seu filho ou seu aluno não está mudando o comportamento, talvez o comportamento que precisa mudar é o seu. Se o comportamento não está mudando, você ainda não achou a necessidade não atendida , que é a causa real.”

É importante pensar que nosso tom de voz afeta a criança, que ela às vezes não consegue entender o que dizemos por causa do conteúdo emocional carregado em nossa voz. Cada vez que precisamos mudar alguma coisa, devemos analisar detidamente a situação e tentar entender o por que do comportamento ou ação da criança e como nossa resposta reforça ou não o que ela está fazendo. Às vezes, filmar a situação em que o comportamento acontece ajuda muito na análise da situação.
Vamos lembrar que comportamento também é uma forma de comunicação.

Fonte: www.toi.med.br

14 de jul. de 2012

Quando a criança precisa do atendimento de Terapia Ocupacional?



Se seu filho está tendo dificuldade com o funcionamento do dia-a-dia em casa (Alimentação, Higiene, Vestuário, Brincar ou na escola). A criança deve ser avaliada por uma Terapeuta Ocupacional Infantil. O tratamento é concebido para apoiar a criança e sua família quando encontram dificuldades em qualquer uma das seguintes áreas: Motricidade grossa, Motricidade fina, Lateralidade, Brincar, Comportamento, Sensorial ,Escola e Atividades de vida Diária -Alimentação/Higiene e Vestuário.
Pode apresentar as seguintes dificuldades:

Coordenação motora fina:

- Dificuldade de preensão do lápis;

- Dificuldade de graduação da força na escrita;

- Letra ilegível e lentidão escrita;

- Dificuldade com manuseio da tesoura;

- Dificuldade em manipular as ferramentas, como faca, garfo, colher;

- Dificuldade para amarrar os sapatos, fazer botões(abotoar e desabotoar),abrir/fechar ziper,desembrulhar uma bala,abrir um pacote de biscoito,enroscar e desenroscar,utilizando utensílios domésticos;

Coordenação Motora Gossa e Lateralidade:

- A criança é desastrada;

- Confunde os movimentos de esquerda e direita;

- Falta de equilíbrio;

- Pobre habilidade com bola;

- Medo dos pés saindo do chão;

- Dificuldade de coordenação de ambos os lados;
Problemas de Integração Sensorial:

- Reação excessiva hiper- sensíveis para som, toque ou movimento;

- Alta tolerância à dor ou não percebe cortes / machucados;

- Busca constante de movimento, saltando, batendo, agitação psicomotora;

- Facilmente distraídos por estímulos visuais ou auditivos;

- Emocionalmente reativa;

- Dificuldades de lidar com a mudança;
Desordens do espectro autista e Síndrome de Asperger:

- Dificuldades de interação social

- Dificuldades com o processamento sensorial;

- Dificuldades com a mudança para novos ambientes;

- Fixações por objetos como: carros,trens e dinossauros;

- Pobre contato visual;
Dificuldade de Aprendizagem:

- Incapaz de se concentrar e focar sua atenção em uma atividade;

- Dificuldade em seguir instruções;

- Fadiga com o trabalho escolar;

- Baixa tolerância a frustração;

- Hiperatividade ou de baixa energia;

Brincadeiras, Jogos e Brincar:

- Dificuldade com brinquedos de encaixar,empilhar,montar e desmontar;

- Precisa de orientação de adultos para iniciar o jogo

- dificuldade de imitação;

- Não explora os brinquedos de forma adequada

- Participa de jogos repetitivos por horas, por exemplo alinhando brinquedos;

- Dificuldade interação com os colegas / irmãos nas brincadeiras;
Fonte: https://www.facebook.com/IntegracaoSensorial

11 de jul. de 2012

Marcos do desenvolvimento: Aprendendo a se cuidar sozinho


Aos poucos, seu filho vai aprender a fazer cada vez mais coisas sozinho -- desde tirar a roupa até pegar o prato de comida. Vê-lo tornar-se independente pode dar uma dorzinha no coração para alguns pais e mães, mas aprender a se cuidar é uma parte importante do desenvolvimento pessoal e social do seu filho.


Quando acontece

Seu filho provavelmente vai começar a fazer coisas sozinho depois de completar 1 ano de idade. E, por volta de 1 ano e meio, ele dispara -- os avanços acontecem rápida e furiosamente. Embora as crianças precisem de muita ajuda e atenção durante anos, a maioria já saberá fazer o básico -- vestir-se, escovar os dentes, lavar as mãos, comer e ir ao banheiro -- com por volta dos 4 anos.

Como acontece

Os sinais surgem relativamente cedo, embora seu filho não vá fazer progressos significativos até ficar maiorzinho. Lá pelos 8 meses, seu bebê vai começar a entender como os objetos se relacionam entre si, e pode começar a usá-los para os fins para os quais são feitos -- balbuciando no telefone de brinquedo, por exemplo.

Um pouco depois, já pode começar a aprender a beber no copo, e em poucos meses conseguirá segurar o copo sozinho (segurar com uma mão só acontece lá pelos 2 anos). Aos 11 meses, ele vai até começar a esticar o braço ou perna para ajudar você a vesti-lo.

Seu filho vai começar a desenvolver seu senso de individualidade, a sua noção de “eu”, nos primeiros meses após completar 1 ano. Com 1 ano e 3 meses, ele vai se reconhecer no espelho -- e não vai mais tentar tocar o “outro” bebê que estiver vendo.

Logo depois disso, seu filho provavelmente vai passar por uma fase de silêncio. É seu jeito de afirmar seu novo sentimento de individualidade. Com a noção do “eu” crescendo, também vão aumentar as tarefas que ele fará sozinho. Nos três anos seguintes, a criança vai:

- Usar garfo e colher: algumas crianças começam a querer usar talheres cedo, logo depois do primeiro aniversário, e a maioria consegue fazer isso até 1 ano e meio. Aos 4 anos de idade, seu filho provavelmente conseguirá segurar os talheres como um adulto, e estará pronto para aprender boas maneiras à mesa.

- Tirar a roupa: isso leva a muitas “caças” a crianças correndo nuas pela casa, mas é um feito importante para elas. Elas começam a fazer isso a partir de 1 ano, ou até 1 ano e 8 meses.

- Escovar os dentes: a criança pode querer começar a fazer isso com mais ou menos 1 ano e 4 meses, mas provavelmente só conseguirá escovar os dentes sozinha entre o terceiro e o quarto aniversário. E vai precisar de supervisão até por volta dos 7 anos. 

- Lavar e secar as mãos: esta habilidade se desenvolve entre 1 ano e meio e 2 anos e meio, e é algo que ela aprende antes ou junto com o uso da privada.

- Vestir-se: seu filho pode aprender a colocar roupas fáceis de vestir antes dos 2 anos de idade, mas precisará de mais alguns meses até conseguir lidar com uma camiseta. Um ou dois anos depois disso, ele conseguirá se vestir sozinho de verdade. Depois do segundo aniversário, ele provavelmente conseguirá tirar os sapatos.

- Usar a privada: A maioria das crianças só está fisicamente pronta para começar o desfraldamento quando tem no mínimo dos mínimos 1 ano e meio. Algumas não estarão prontas mesmo aos 2 anos e meio.

São bons sinais de que a criança está pronta para usar a privada: ser capaz de levantar e abaixar a calça sozinha, saber identificar a sensação de vontade de ir ao banheiro e ter uma boa comunicação verbal.

- Pegar um lanchinho sozinha: Crianças pequenas, de 3 anos, podem ser capazes de se servir com uma tigela de cereal matinal quando estão com fome, ou de pegar uma bolacha dentro de uma lata. A maioria consegue fazer isso aos 4 anos e meio. Se seu filho já está tentando fazer isso, ajude-o deixando o cereal e o leite em recipientes pequenos.

O que vem pela frente

Conforme os meses e anos vão passando, seu filho vai ficar cada vez melhor em cuidar de si próprio. Antes que você perceba, ele estará amarrando o cadarço do sapato e tomando banho sozinho -- e daí é só questão de tempo até ele conseguir lavar a roupa e preparar o jantar, sem falar em dirigir!

Seu papel nisso tudo

Como sempre, os pais devem estar lá para incentivar. Toda vez que seu filho tentar algo novo, com sucesso ou não, diga a ele que você está orgulhoso pelo esforço que ele fez, e o estimule a tentar de novo.

Por outro lado, contenha seu impulso de correr para ajudar; é essencial que a criança tenha tempo suficiente para lidar com o que estiver fazendo sozinha, no seu próprio ritmo. Também não vale pressioná-la antes de ela estar pronta para aquela tarefa.

Seja flexível -- não se preocupe tanto se o banheiro ficar uma bagunça por dias, enquanto a criança tenta lavar as mãos sozinha. Nem se desespere se, ao tentar se vestir sozinha, ela ficar andando uma semana pela casa usando combinações estranhas ou camisetas do lado contrário. Quanto mais a criança treinar, mais rápido vai aprender.

Fique de olho quando seu filho começar a tentar executar tarefas sozinho. Imponha limites, mas explique por quê: por que não é seguro ele acender o fogão ou cortar a carne no prato, por exemplo. Ele não vai gostar muito, mas no final vai acabar entendendo (ou não, mas vai ter de obedecer do mesmo jeito).

Quando se preocupar

Cada criança desenvolve as habilidades de um jeito diferente, algumas mais rápido que as outras. Se aos 2 anos seu filho não demonstrar nenhum interesse em fazer pelo menos algumas coisas sozinho, converse com um profissional especializado em desenvolvimento infantil. Tenha em mente que bebês que nascem prematuros podem atingir marcos do desenvolvimento um pouco mais tarde.

Fonte:  http://brasil.babycenter.com

Ajude seu Filho a Ser Independente

A independência cada vez maior

Dar independência às crianças é difícil -- o tipo de cuidado e atenção que devemos dar a elas é diferente quando elas são bebês e quando têm 3, 7 ou 12 anos, e nem sempre fica tão óbvio o quais tarefas devemos começar a deixar por conta deles.

Mas ninguém quer criar um adulto que traga roupa suja para lavar em nossa casa aos 40 anos de idade e que seja incapaz de se virar e preparar uma refeição simples. Também não queremos criar um adulto totalmente dependente, em termos emocionais, de nós.

Crianças devem crescer, florescer e se tornar independentes sob nossa proteção. Uma planta que fica sempre na sombra de outra acaba se contorcendo e virando para pegar luz, assim como fazem as crianças a quem os pais não dão o espaço e a liberdade suficientes.

Além disso, com tarefas como guardas as coisas, a criança começa a ter senso de organização e asseio, coisas que vão ajudá-la ao longo da vida.

Transferindo responsabilidades aos poucos

Mais cedo ou mais tarde nós precisamos dar espaço e responsabilidade aos nossos filhos, deixando-os fazer as coisas sozinhos, mas o processo deve ocorrer gradativamente. Se acontecer rápido demais, ou antes da hora, crianças pequenas ficam assustadas com a independência e o efeito é o contrário: elas podem se tornar introvertidas ou se agarrar desesperadamente a você.

Ensine-o a ter opinião própria

- Deixe seu filho ver que você tem opinião: comente quando ouvir alguma bobagem na TV, deixe-o ouvir conversas de adultos.

- Estimule seu filho a falar. Ache uma hora do dia para sentar-se com ele e discutir seu dia. Peça a opinião dele e espere pela resposta. Uma dica: em vez de perguntar "Como foi a escola hoje?", pergunte "Qual foi a coisa mais legal da escola hoje?". A resposta da segunda pergunta é mais promissora que o simples "legal" que você vai ouvir se fizer a primeira.

- Responda quando ele perguntar por quê; explique usando termos simples.

- Se possível, façam as refeições juntos. Ouça sempre que a criança quiser participar da conversa. Nunca caçoe de suas opiniões. O melhor jeito de discordar é dizendo: "É uma opinião/idéia boa/interessante, mas...".

Preparando-o para sair sozinho

- Uma criança pequena, de 1 ano, pode passar um tempinho brincando sozinha no quarto, desde que todos os perigos sejam retirados.

- Aos 2 anos, a criança pode sentar-se à mesa ou no cadeirão e desenhar, enquanto você cozinha, ou brincar aos seus pés enquanto você conversa ao telefone. O segredo é interagir com ela a cada um ou dois minutos, e uma palavra, um sorriso ou um beijo lançado de longe é tudo de que ela precisa.

- Aos 3 anos de idade, seu filho deve caminhar pequenas distâncias com você -- até a banca de jornal ou à lojinha perto de casa, por exemplo. Andar faz bem à saúde e é essencial para aprender segurança nas ruas. Se a criança vir você olhar para os lados ao atravessar a rua, ela também fará o mesmo.

Tarefas domésticas que uma criança de 3 anos pode fazer

- Guardar os brinquedos: faça disso uma brincadeira -- por exemplo, coloque uma música para tocar e brinque de guardar tudo antes de ela acabar.

- Cuidar da roupa suja: aos 3 anos, a criança pode separar as próprias roupas das outras, e as cores claras das escuras. Também pode pôr sua roupa suja no cesto.

- Arrumar a mesa: crianças de 3 anos podem tirar o pó e passar um pano na mesa e no chão se você torcer o pano para elas.

Comendo sozinho

- Assim que ela conseguir segurar objetos pequenos com os dedos e o dedão, no movimento de pinça (em torno dos 6 a 9 meses de idade), deixe a criança comer sozinha sanduichinhos, pedacinhos de banana, cenoura cozida, maçã ralada etc.

- Quando der comida a seu filho, também dê uma colher para ele segurar. Mas levar uma colher de comida do prato para a boca é um negócio complexo e melecado, e leva tempo para ele conseguir. Aos 3 anos já dá para comer sozinho com um garfo de pontas arredondadas, mas ainda é preciso cortar a comida para ele.

- Deixe o bebê segurar o copo ou a mamadeira mesmo que você ajude -- e, aos poucos, passe o controle todo para ele.

- Crianças que praticam ou brincam com coisas que estimulam o uso dos dedos logo aprendem a fazer essas tarefas. Dê a ela um giz de cera grosso e um pedaço de papel para desenhar. Procure brinquedos que estimulem o ato de encaixar, como quebra-cabeças simples.

Ajudando seu filho a se vestir

- Crianças pequenas têm dificuldade em lidar com zíperes, botões, cadarços e ganchos -- escolha roupas com elástico, velcro ou que entrem nela mesmo com zíperes e botões parcialmente fechados.

- Ponha as roupas (sobre a cama, por exemplo) da esquerda para a direita, na ordem em que serão vestidas. Isso não é essencial, mas treina a direção que os olhos devem seguir ao ler.

- Coloque as roupas (sobre a cama, por exemplo) de um jeito que a criança as segure do jeito certo -- calça com a frente para cima (assim ela pode sentar e vesti-la), blusas e vestidos com a frente para baixo.

- Escolha calcinhas ou cuecas com faixas contrastantes na cintura e nas pernas -- isso ajuda a criança a acertar os “buracos” na hora de se vestir. Também dê preferência a meias sem calcanhar marcado.

- Ensine seu filho a colocar primeiro os braços nas blusas e camisetas, antes da cabeça. Evite golas apertadas.

- Ajude a criança a calçar os sapatos, mas deixe que ele os prenda com o velcro sempre que possível. Crianças sentam com os joelhos voltados para fora e tendem a colocar o sapato com o fecho voltado para dentro, onde elas conseguem vê-lo. Por isso elas acabam trocando os sapatos. Fechos centrais evitam isso.

- Ensine "truques" ao seu filho: a etiqueta fica sempre para trás, quase sempre a estampa da camiseta é para a frente, a costura central da calça fica embaixo do umbigo, o desenho ou fecho do sapato fica quase sempre para o lado de fora.

Fonte: http://brasil.babycenter.com

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