5 de jul. de 2009

SINAIS DE ALERTA E SOLUÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DE SEU FILHO

Nós devemos prestar atenção ao desenvolvimento sensório-motor dos nossos filhos, especialmente porque podemos ajudá-los a ter mais qualidade de vida. Não importa se seu filho tenha um ano ou cinco (ou até mais), nunca é tarde para encorajar seu desenvolvimento e consequentemente sua auto-estima – mas exige que se fique de olho a qualquer possível sinal de alerta que possa aparecer. Ao lidar com ele desde cedo, você pode remediar muitos desses problemas potenciais.


A seguir estão alguns sinais de alerta que podem ser percebidos:

Ele não quer ajudar na maioria das atividades do dia-a-dia (vestir-se, comer com talher, lavar as mãos, etc). Para estimular que ele se vista, tente você mesma vesti-lo quase totalmente – mas deixe-o fazer o último passo. Quando o último passo for dominado, passe a deixar mais da responsabilidade para ele. Ele também pode estar mais interessado em tentar colocar as roupas dos pais ou fantasias do que as próprias roupas.
Para estimular o uso do talher, tente usar um menor r mais largo. Esse tamanho de talher pode ser mais fácil para a criança manipular do que o de adultos. Faça seu filho lavar os brinquedos para estimulá-lo a lavar as mãos.

Ele não imita. Tente estimular seu filho a participar com você das atividades que realiza no dia-a-dia – faça disso uma brincadeira.

A fala dele não está melhorando espontaneamente. Fomente a fala começando a frase com o sei filho: “O João quer ...” ou “O João diz: ‘Eu quero ...”. Isso deve ajudar a provocar a resposta dele.

A habilidade na coordenação motora grossa e fina parece não estar aumentando. Ess é um sinal de alerta que traz consigo um peso grande. Se seu filho permanecer em um patamar por muito tempo, consulte um profissional. A avaliação e a intervenção terapêutica podem ser justificadas.

Ele não compreende ordens. Primeiro tente fazer contato visual com seu filho. Fale devagar e tente usar só três ou quatro palavras por vez: “Paulo, venha aqui” ou “guarde seus brinquedos” em vez de “Paulo, quero que venha até aqui para brincar, querido” ou “quero que você consiga recolher seus brinquedos e guardá-los em cinco minutos”.

Seus movimentos são hesitantes, e não fluidos e tranquilos. Tente não forçar atividades que possam ser assustadoras para o seu filho. Ofereça ajuda ou faça a atividade com ele – por exemplo, coloque-o sentado no seu colo enquanto você tenta encaixar os blocos.

Ele não gosta de playground ou tem medo. Não quer subir em nenhum brinquedo, balançar ou escorregar. Tente andar no playground em períodos mais tranqüilos, com poucas pessoas. Tente subir no brinquedo ou escorregar com ele. Seja positiva; tente não focalizar o que seu filho não consegue fazer, e sim o que consegue.

Ele cai com freqüência. Pode haver muitas razões para uma criança cair ou tropeçar muito. É importante investigar mais.

Ele corre de maneira esquisita. Muitas crianças pequenas, inexperientes, tem um jeito engraçado de correr. Os padrões de corrida geralmente melhoram com a maturação. Aos cinco anos, a criança deve ter um estilo coordenado de correr.

Ele fica facilmente superestimulado. Exitem diversas maneiras de acalmar uma criança. Tente manter poucas coisas no ambiente e com pouco ruído – não deixe a TV e o computador ligados enquanto conversa com ele. Manter uma rotinas, também pode ajudar a criança a se organizar.
Ele tende a reagir excessivamente a situações que não costumas incomodar outras crianças, como levar um esbarrão ou um encontrão. Algumas crianças não gostam de lugares barulhentos ou lotados – como festas de aniversários ou ginásios. Se seu filho tem dificuldades em situações parecidas, tente apoiá-lo. Não force. Leve-o aos poucos a esses lugares para que ele possa se acostumar.

Ele evita texturas diferentes – bichos de pelúcia, diversos alimentos, trabalhos artísticos que fazem sujeira. Novamente, tente introduzir novas texturas aos poucos para dessensibilizá-lo.

Ele frequentemente parece desatento, e sua habilidade de linguagem não está melhorando. Se uma pessoa de fora da família tem dificuldade em entender seu filho ou se ele não consegue comunicar o que quer ou precisa, deve-se fazer um exame de audição e consultar um fonoaudiólogo.

Ele não acompanha visualmente os objetos. Os olhos não se movem independentemente dos movimentos da cabeça. Seu filho deve estabilizar a cabeça e usar os olhos independentemente. Uma atividade para promover essa capacidade é erguer uma bola (no nível do queixo) e fazê-lo bater nela. Isso também promove a coordenação viso-motora. Outra atividade é fazê-lo seguir uma luz (de uma lanterna) na parede sem mover a cabeça, só com os olhos.

Ele não consegue colocar as figuras geométricas nos buracos correspondentes. Brincar com quebra-cabeças e blocos ajuda a desenvolver a habilidade viso-motora necessária.

Ele não consegue rasgar papel.
• Derruba as coisas com freqüência.
• Não progrediu nos rabiscos e tem dificuldade em usar a pegada correta para segurar o giz de cera ou o lápis.
Se seu filho tem dificuldade com alguma dessas atividades, ele pode ter uma fraqueza subjacente. Uma avaliação pode ser necessária. Entretanto, alguns jogos para fortalecer as mãos – como virar moedas, brincar com massinhas e usar pinças para pegar objetos – podem ser úteis.

Ele evita realizar mais etapas do desenvolvimento motor grosso, como saltar ou pular degraus. As atividades que melhoram o equilíbrio podem ser úteis para encorajar a criança a conquistar essas etapas. Essas atividades incluem balançar, usar brinquedos como o triciclo, sentar em uma bola grande com apoio e balançar sentado em uma bola menor, para citar algumas. Seu filho também pode precisar que você segure para “praticar” essas atividades. Tente incorporá-las em jogos ou músicas, como “O mestre mandou ...”.

Ele não brinca sozinho. Se esse for o caso, ele pode precisar que um adulto o ajude a organizar uma atividade ou a começá-la – determinar ou iniciar a atividade pode ser difícil para ele.

E LEMBRE-SE SEMPRE ...

Não compare seu filho com o filho de ninguém – cada criança tem sua própria personalidade e conjunto de habilidades. Concentre-se no que seu filho pode fazer, não no que você gostaria que ele fizesse.
• Fale positivamente com seu filho e trabalhe com ele para aumentar sua confiança.


FONTE: Coordenação Motora – Liddle, Tara e Yorke, Laura.

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