
- O diretor cênico. O adulto assume a responsabilidade de fornecer o tempo e organizar o ambiente físico de maneira que ele convide a brincar. Este é o papel que frequentemente é assumido pelos professores da pré-escola e os terapeutas que utilizam a filosofia da IS.
- O mediador. O adulto dá uma assistência à interação entre uma criança e outra e o mundo físico, modelando as capacidades de resolução de problemas durante o brincar. Esta atitude é frequentemente utilizada pelos terapeutas ocupacionais que levam em conta o contexto do brincar para descobrir soluções para um problema em uma determinada situação.
- O diretor. O adulto assume um papel muito ativo em gerar e prender a atenção da criança e o interesse no brincar, demonstra capacidades e comportamentos específicos e controla a interação divertida entre duas crianças ou entre o adulto e a criança. Este papel pode ser assumido pelos terapeutas que trabalham com crianças severamente limitadas e quando utilizam o brincar como um contexto para a aprendizagem de capacidades adaptativas.
- O observador. O adulto não entra no brincar, mas senta-se por perto, faz anotações e analisa a situação. Este é o papel utilizado pelo terapeuta durante a avaliação das capacidades lúdicas.
- O brincador. O adulto entra no brincar com a criança. A decisão de assumir este papel depende do estilo de interação preferido pelo adulto, da necessidade da criança por um desafio, e da habilidade que a criança tem de manter a brincadeira. Tanto o adulto quanto a criança podem agir como companheiros iguais, revezando-se durante a interação. O adulto pode ter que iniciar uma interação, mas depois encoraja a criança a participar ativamente e responder. O maior risco de adotar esta postura é o perigo de assumir a interação, especialmente se este papel é assumido desde o começo e a criança não recebe a chance de desenvolver sua própria brincadeira. Adotar este papel pode enfatizar o conteúdo do brincar e enriquecer o relacionamento entre o adulto e a criança. Precisamos lutar por este último papel quando convidamos a criança para entrar na brincadeira como um comportamento espontâneo e intrinsecamente motivado.
Os adultos presentes no ambiente das crianças portadoras de necessidades especiais podem estar inibindo o brincar por vários motivos: porque não acreditam que ela é importante; porque não sabem o que fazer para iniciar uma brincadeira com a criança; ou porque estão muito ansiosos para facilitar o processo. Quando os adultos têm muita ansiedade de favorecer uma experiência bem-sucedida podem agir muito rápido e não permitir que a criança explore completamente uma situação.
Fonte: A Recreação na Terapia Ocupacional Pediátrica.