24 de out. de 2010

Dispraxia

É a dificuldade para planejar e executar um ato motor novo ou séries de ações motoras. Ela pode ter várias causas, inclusive lesão cerebral, mas o tipo de dispraxia identiicado por Ayres se deve a falhas no processamento sensorial relacionado ao planejamento motor. Para identificar esse tipo específico de dispraxia Ayres usou dois termos, inicialmente dispraxia do desenvolvimento e, posteriormente, procurando enfatizar a base na discriminação tátil, somatodispraxia, que é pouco utilizado. É importante enfatizar que dispraxia não é apenas um transtorno de coordenação ou execução motora, o traço característico é a dificuldade em conceituar ou formular um plano de ação. Crianças com dispraxia são descritas como desajeitadas, pois fazem tarefas comuns de maneira pouco usual, com muito esforço, lenti dão ou movimentos pouco econômicos. Muitas vezes, ela parece não ter idéias ou não sabe o que azer com um brinquedo novo e suas brincadeiras tendem a ser pobres e repetitivas e, requentemente, quebram os brinquedos, na tentativa de descobrir como funcionam.

A criança geralmente:



  • É desajeitada, estabanada e propensa a acidentes.


  • Tropeça ou tromba nas pessoas ou obstáculos


  • Têm baixo desempenho em esportes e atividades com bola.


  • É mais lenta para aprender atividades motoras novas (ex. andar de bicicleta, pular corda).


  • Tem dificuldade com atividades que exigem sequências (ex. vestir roupa, morde salgado sem tirar a forminha).


  • É desorganizada, deixa espalhado e/ou perde o material escolar e a carteira ou mochila são bagunçadas.


  • Tem dificuldade para manusear objetos pequenos que escorregam das mãos (ex. lápis, botões, fechos).


  • Tem traçado pobre e é mais lenta na escrita; a letra é feia, sem forma e/ou desorganizada no papel.


Comportamento social:




  • Geralmente é falante e imaginativa, gosta de fantasias, mas prefere falar a fazer.


  • Prefere atividades sedentárias (ex. video game, TV, leitura) e evita esportes ou brincadeiras de movimento.


  • Tende a ser expectador (ex. no parquinho ou recreio, observa mais do que brinca).
    Baixo limiar de frustração em atividade motoras; desiste rápido ou muda de atividade.


  • Aparência desleixada, cabelo despenteado, roupas torcidas no corpo ou vestidas ao contrário, meias torcidas ou emboladas.


Fonte: Intervenções da Terapia Ocupacional, UMG

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