21 de mai. de 2010

Como estimular a atenção e comunicação em crianças do espectro autístico

ESTRATÉGIAS PARA FACILITAR O COMPARTILHAR DA ATENÇÃO

Ø Partir de objetos e situações que a criança já mostra interesse para iniciar interação social.

Ø Utilizar estímulos visuais nas atividades pedagógicas e no dia-a-dia (organizar o horário, mostrar aonde ela vai e o que vai acontecer).


Ø Estruturar o ambiente de forma que a criança preveja o que se espera dela em cada situação.

Ø Aproveitar situações e horas naturalmente agradáveis para a criança (banho, comida) para ensinar e trabalhar conceitos.


Ø Diminuir o tempo que a criança fica sozinha e sem atividade.




DICAS SOBRE COMO EXERCITAR A LEITURA SOCIAL

Ø Nomear as emoções na hora que elas acontecem, em situação natural Iniciar com emoções simples como alegria, tristeza, medo e após passar para emoções complexas e mais internalizadas como vergonha e orgulho.


Ø Criar pequenas estórias onde a leitura social é diferente para as diferentes óticas.


Ø Estimular empatia (simpatia pelo sentimento dos outros).


Ø Ensinar qual a resposta emocional apropriada para cada situação.


DICAS DE COMO ESTIMULAR A COMUNICAÇÃO

Ø Responder a qualquer iniciativa e comunicação


Ø Apresentar objetos do interesse da criança


Ø Dar um intervalo de tempo entre mostrar e nomear um objeto. Quando fizer uma pergunta, faça perguntas abertas (que não caibam resposta com uma palavra). Tenha paciência para esperar a resposta.


Ø Utilizar recursos gestuais ou visuais para melhorar a comunicação.


Ø Utilizar situações naturais e reais para estimular a comunicação.



20 de mai. de 2010

Lindo !!!

A beleza de toda a a cena está justamente no fato do garoto que toca o banjo não ser ator. Ele é autista -- morava "por ali", onde o filme foi rodado -- e foi autêntico e natural tanto na alegria como na imediata apatia -- sem nenhuma representação.

Seis princípios básicos para a aplicação pratica da integração sensorial

1. Os estímulos sensoriais controlados podem ser usados para eliciar uma resposta adaptativa



Ayres define uma resposta adaptativa como “uma ação apropriada na qual o indivíduo responde com sucesso a alguma demanda ambiental“. Por exemplo, quando uma criança balança num cavalinho de pau constitui uma resposta adaptativa para uma criança que está aprendendo a andar. Respostas adaptativas exigem que a criança experimente um tipo e uma quantidade de estimulação sensorial que desafia mas não sobrecarrega o sistema nervoso central, a manifestação de uma resposta adaptativa é potencializada.



2. Uma resposta adaptativa contribui para o desenvolvimento da integração sensorial



Cada vez que a criança se superar com sucesso um desafio do ambiente, a capacidade de organizar o estímulo sensorial para responder à demanda ambiental se aprimora. Ayres acredita que a atividade motora seja um potente organizador de estímulos sensoriais. Quando respostas adaptativas são emitidas, o sistema nervoso usa o conhecimento dos resultados de ações anteriores para guiar a orientação de informações sensoriais para utilização futura.



3. Quanto mais auto dirigida às atividades da criança, maior é o potencial das atividades para aprimorar a organização neural



Este princípio afirma que crianças possuem uma força motivacional inata no sentido da integração sensorial, chamada por Ayres de “motivação interna”. A criança é naturalmente atraída para atividades que exigem e trazem organização cerebral dos estímulos sensoriais. Por exemplo, pode-se supor que uma criança de 18 meses cujo sistema nervoso deve estar sobrecarregado por estímulos vestibulares causados pelo balanço poderia se afastar desse atividade. Por outro lado, possivelmente devido à crescente capacidade de organizar sensações desse tipo, crianças de 3 e 4 anos buscarão essas atividades que envolvam o balançar. Terapias que utilizam essa motivação interna exploram a inerente capacidade da criança de buscar atividades que proporcionem organização cerebral.



4. Padrões mais amadurecidos e complexos de comportamento são compostos pela consolidação de comportamentos mais primitivos



Ayres acredita que as crianças fundem funções aprendidas previamente para a criação de respostas adaptativas mais maduras. A emissão de respostas adaptativas cada vez mais maduras é um produto da prática de cada elemento sensorial e motor. Subjacentes às modificações na complexidade do comportamento, estão os avanços paralelos da organização neural. À medida em que o processamento do tronco encefálico de estímulos sensoriais se torna mais eficiente, funções corticais mais elevadas são liberadas para se desenvolver mais completamente.



5. A melhor organização de respostas adaptativas intensificara a organização do comportamento geral da criança



Enquanto algumas respostas adaptativas são simples atos isolados, outras requerem mais sequenciamento e coordenação temporal das atividades motoras. A criança deve calcular, como coordenar e temporizar um conjunto de respostas motoras para atingir um objetivo. Em essência, a criança deve programar sua ação. Ayres deduz que o engajamento nesse processo pode intensificar a capacidade de planejamento geral da criança. Por exemplo, um aprimoramento dessa capacidade pode tornar alguém mais apto na organização da rotina diária usual de atividades ou das etapas exigidas para a realização de uma tarefa escolar.



6. É necessário o registro dos estímulos sensoriais significativos antes da resposta poder ser dada



Durante um dia, os indivíduos percebem alguns, mas não todos estímulos do ambiente. Os estímulos que são percebidos influenciam as respostas motoras que são dadas. Se a criança está desatenta à maioria dos estímulos do ambiente, seu repertório de respostas adaptativas será limitado, e seu potencial para o desenvolvimento de comportamentos mais complexos será também frustrado. Por outro lado, algumas crianças parecem registrar estímulos sensoriais excessivos. Essas crianças podem estar bombardeadas por estímulos de tal grau, que tenham dificuldade de extrair o significado das sensações ou focalizar em alguma tarefa dirigida a um objetivo. (Carvalho,1996).



Autores: GUERREIRO, A., MAIÃO, E.C.R.G.

13 de mai. de 2010

BRINCAR é coisa séria

Brincar é tão importante para a criança como trabalhar é para o adulto. É o que a torna ativa, criativa, e lhe dá oportunidade de relacionar-se com os outros; também a faz feliz e, por isso, mais propensa a ser bondosa, a amar o próximo, a ser solidária.




A criança não é um adulto que ainda não cresceu. Ela tem características próprias. Para alcançar o pensamento adulto (abstrato), ela precisa percorrer todas as etapas de seu desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional. Seu primeiro apoio nesse desenvolvimento é a família. Posteriormente, esse grupo se amplia com os colegas de brincadeiras e a escola.




Brincando, a criança desenvolve potencialidades; ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua, cria, deduz etc…



Sua sociabilidade se desenvolve; ela faz amigos, aprende a compartilhar e a respeitar o direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo, e a envolver-se nas atividades apenas pelo prazer de participar, sem visar recompensas nem temer castigos. Brincando, a criança estará buscando sentido para sua vida. Sua saúde física, emocional e intelectual depende, em grande parte, dessa atividade lúdica.



Etapas



O brincar também tem suas etapas de desenvolvimento. A criança começa a brincar sozinha, manipulando objetos. Posteriormente, procurará companheiros para as brincadeiras paralelas (cada um com seu brinquedo). A partir daí, desenvolverá o conceito de grupo e descobrirá os prazeres e frustrações de brincar com os outros, crescendo emocionalmente.



Brincar em grupo evita que a criança se desestimule, mesmo quando ainda não sabe brincar junto. Ela aprende a esperar sua vez e a interagir de forma mais organizada, respeitando regras e cumprindo normas. Com os grupos ela aprende que, se não encontrarmos uma forma eficiente de cooperar uns com os outros, seremos todos prejudicados. A vitória depende de todos. Aprende-se a ganhar e a perder.



A atividade lúdica produz entusiasmo. A criança fica alegre, vence obstáculos, desafia seus limites, despende energia, desenvolve a coordenação motora e o raciocínio lógico, adquirindo mais confiança em si e aprimorando seus conhecimentos.



Escolhendo os brinquedos



Veja algumas indicações que podem ajudar a escolher os brinquedos:



• Interesse

É o brinquedo que convida a brincar, que desafia seu pensamento.


• Adequação:

Deve atender a etapa de desenvolvimento em que a criança se encontra e suas necessidades emocionais, sócio-culturais, físicas e intelectuais.



• Apelo à imaginação:

Deve estimular a criatividade e não limitá-la.



• Versatilidade:

O brinquedo pode ser usado de diferentes formas, explorando a inventividade.



• Composição:

As crianças gostam de saber como o brinquedo é por dentro.



• Cores e formas:

O colorido, texturas e formas diferentes a estimulam sensorialmente.



• Tamanho:

Deve ser compatível com sua motricidade (quanto menor a criança, maiores serão as peças do brinquedo).



• Durabilidade:

Brinquedos muito frágeis causam frustração não somente por que se quebram, mas também porque não dão à criança tempo suficiente para estabelecer uma relação com eles.



• Segurança:

Este é um dos mais importantes itens na escolha de um brinquedo. Deve ser feito de tinta atóxica, sem pontas e arestas nem peças que possam se soltar.



Quanto à brincadeira



• Dê tempo para que a criança possa explorar o material, deixando que ela tente sozinha, mas estando disponível se precisar de ajuda.



• Estimule sua auto-estima; faça com que ela se sinta capaz de aprender, dando-lhe o tempo que precisar.



• Encoraje suas manifestações espontâneas, permita que ela tome a iniciativa.



• Introduza propostas novas, estimulando a resolução de problemas.



• Escolha brinquedos adequados ao nível de desenvolvimento e interesse da criança.



• Aumente a dificuldade se notar que o jogo está fácil demais e reduza-a se estiver além de seu entendimento.


E lembre-se: quando apresentar um brinquedo a seu filho, demonstre interesse. Uma caixa vazia, dependendo de como lhe for apresentada, poderá virar uma casa, um barco, um carro, uma torre, uma cama de bonecas, um fogão... ou, simplesmente, uma caixa vazia.


Dra. Sandra Kraft do Nascimento




6 de mai. de 2010

A Terapia de Integração Sensorial



Após criteriosa avaliação através de ferramentas padronizadas como as Observações Clinicas, Perfil Sensorial (Dunn, 1999; 2000) acrescida da observação do brincar livre e eventualmente outros testes conduzidos por terapeuta treinada na área são traçadas as hipoteses diagnosticas e se necessário os objetivos de tratamento.


A terapia de Integração Sensorial é conduzida por terapeutas familiarizada com a teoria e metodologia de tratamento e é realizada em sala equipada com colchões, almofadas, diversos balanços, rede, balanço de câmara de ar, o trapézio, materiais como a caixa com grãos e bolas de texturas variadas carrinhos de rolimã e rampa entre outros equipamentos que propiciam a vivencia de brincadeiras com intenso input sensorial, sobretudo tátil, vestibular e proprioceptivo.


Os elementos centrais da terapia são: oferecer o desafio na medida certa; a escolha das atividades deve necessariamente ser feita em parceria com a criança; a terapia deve guiar a auto-organização da criança; propiciar um nível ótimo de alerta; criar um ambiente lúdico; maximizar o sucesso da criança e garantir sua segurança fisica; modificações do ambiente terapeutico para atrair e envolver a criança; e alimentar a aliança terapêutica: a confiança na terapeuta é essencial para o desenvolvimento do laço afetivo, que é a base para a colaboração eficaz entre o terapeuta e a criança (Parham et al., 2007).


Segundo Magalhães e Lambertucci (2008) a oportunidade para receber uma quantidade extra de estímulos sensoriais, durante brincadeiras significativas para a criança, aumenta sua habilidade para processar informações e responder apropriadamente aos estímulos. A ênfase, portanto, não é só na estimulação sensorial, mas principalmente em como a criança se organiza para responder aos estímulos e emitir respostas adaptativas. Resposta adaptativa geralmente se refere à habilidade para manter o controle postural, planejar os movimentos (praxias) e manter atenção apropriada, de forma a obter sucesso na tarefa.



Através da escolha ativa de brincadeiras, equipamentos e materiais, a criança expressa seu nível de desempenho e capacidade de processamento sensorial, cabendo ao terapeuta, graduar as atividades e promover o “desafio na medida certa” para desencadear respostas adaptativas cada vez mais complexas, que demandem maior integração sensorial.

2 de mai. de 2010

Comentários, Sugestões e Eventos

Acredito, que o trabalho em conjunto nos faz crescer !!! Deixe aqui, comentários e/ou sugestões para as próximas postagens no blog. bjs

Porque é que a Terapia Ocupacional é importante para as crianças com autismo?

Neste artigo a terapeuta ocupacional Corinna Laurie, que exerce funções em contexto escolar e é diretora da “ Evolve Children’s Therapy...