14 de set. de 2011

Irmãos - Uma relação importante

Entre tapas e beijos, lutas e brincadeiras, se desenvolve um relacionamento entre duas ou mais crianças que compartilham e brigam pelo quarto, pela cadeira, pelo programa da TV, pelo amor dos pais.


O relacionamento entre irmãos em todas as famílias sempre envolve emoções conflitantes. Mesmo os adultos, que hoje afirmam ter tido bons relacionamentos com seus irmãos na infância, se levados a lembrar mais detalhadamente, vão se recordar de terem sentido emoções como raiva, ciúmes, inveja, medo, preocupação, vergonha e até ódio, acompanhados de amor, admiração, respeito e amizade. Ou seja, mesmo a família mais sensível e adequada, terá no relacionamento entre irmãos um desafio e uma incógnita, com todas as provocações, brigas e esforço que irmãos requerem entre si e de seus pais.


E quando a essas relações já tão intensas e complexas se soma um irmão com a Síndrome de Down? Quando pensamos numa criança ou adolescente com SD, logo pensamos em seus pais, no seu envolvimento, seus sentimentos, preocupações e responsabilidades relacionadas a esse filho. Porém, o nascimento de uma criança com SD não afeta apenas seus pais, mas sim todos os membros da família. E os seus irmãos? Como essa experiência afeta seu desenvolvimento social e emocional?


Quando um novo bebê chega em casa, é natural que os pais dêem prioridade a ele na maior parte do tempo. Quando o bebê que chega tem a SD, esse desvio da atenção pode ser ainda maior, pois os pais estarão lidando com suas próprias emoções e tentando lidar com essa informação nova em suas vidas, a Síndrome de Down. À medida que a criança cresce a atenção a tudo que se refere às suas necessidades médicas, escolares e sociais continua. O irmão, mesmo sabendo que existem motivos para isso, está consciente de que os holofotes podem estar sobre seu irmão com SD em um tempo desproporcional e injusto. A atenção dos pais, afinal, é a coisa mais difícil de se compartilhar.


A deficiência de um filho e irmão nunca é desejada e, quando acontece, desperta sentimentos de perda, culpa, raiva, negação, vergonha, pena, medo e tantos outros complicadores do desenvolvimento das relações na família e da personalidade dos seus irmãos. Ao perceber que irmãos estão tendo sentimentos como frustração ou ciúmes, é importante que a família não desautorize, evite ou impeça estas sensações. A simples pergunta "Me diga por que você está se sentindo assim?", faz com que a criança encontre espaço para que a comunicação flua.


Os sentimentos desenvolvidos pela presença de irmãos portadores de deficiência variam bastante e são muitas vezes contraditórios. Irmãos geralmente ficam muito orgulhosos das conquistas alcançadas pelo irmão com a Síndrome; reconhecem cada aprendizagem, os defendem diante das dificuldades, torcem pelo seu sucesso. Mas, por outro lado, eles podem sentir raiva e ciúmes da atenção extra, e depois, culpa por terem se sentido assim. A agressividade, em muitas famílias, é um canal natural que os irmãos encontram para resolver frustrações e ciúmes. Quando um irmão tem SD ou necessidades especiais, esse instinto natural fica inibido pelo respeito às limitações do irmão. É um turbilhão de emoções conflitantes.

Os irmãos de uma criança com SD também se preocupam mais: preocupam-se com a saúde, eventuais cirurgias, questões de segurança, sobre seu futuro e sua felicidade. Pensam também sobre o comportamento do irmão em ambientes sociais. Esse embaraço costuma crescer na adolescência, pela necessidade forte de fazer parte do grupo, nesta fase.


Apesar dessa profusão de sentimentos, estudos revelam que irmãos e irmãs de crianças com SD costumam ser afetados mais positiva do que negativamente, pois tendem a desenvolver generosidade, empatia e respeito à diversidade. Irmãos de pessoas com SD relatam que aprenderam muito nessa relação: são mais sensíveis, responsáveis, pacientes e tolerantes. Crescer com um irmão ou irmã com SD pode trazer uma riqueza de experiências e uma melhor qualidade de vida, abrir caminho para traços positivos de caráter, ajudar a desenvolver melhor senso de humor e confiança, e introduzir todos à visão de comunidades inclusivas. Uma grande porcentagem de irmãos de pessoas com SD procura carreiras relacionadas com medicina e reabilitação.


Para a criança ou jovem com SD, seus irmãos são aqueles que mais os conhecem, que mais os desafiam, estimulam sua criatividade, seu senso de defesa e de aventura.


A postura que os pais demonstram frente à SD de um de seus filhos, tem papel de grande importância no tipo de relacionamento que vai se desenvolver entre irmãos. Pais que aceitam a SD de seu filho, falam abertamente sobre ela e vêem a educação de cada filho de forma aberta e justa, que deixam claro que amam cada um deles com suas falhas e qualidades. Uma família que investe na colaboração e demonstra interesse por todos os filhos, ainda que possa estar mais empenhada na estimulação de um deles; uma família que percebe que qualquer filho é vulnerável a sentimentos como insucesso, inadequação, solidão e competitividade, têm diante de si a probabilidade maior de alcançar uma relação de cumplicidade entre irmãos.


Estratégias para promover um relacionamento familiar saudável
(Fonte: Brian Skotko/ Children's Hospital Boston/ 2007)


1- Sejam abertos e honestos e expliquem sobre a SD o mais cedo possível. Encoraje seus outros filhos a fazerem perguntas; responda-as em seu nível e com honestidade. Se eles não
perguntarem, de tempos em tempos perguntem se eles têm perguntas ou preocupações. Os irmãos devem saber quais são os planos de seus pais para o futuro de seu irmão com SD; assim, acalmam-se as apreensões e os outros irmãos podem participar da construção deste futuro.


2 - Deixem os irmãos expressarem seus sentimentos negativos - Reconheçam o fato que às vezes é difícil ser irmão ou irmã de uma pessoa com deficiência. Dê-lhes privacidade e tempo e não espere que sejam santos.


3- Reconheçam os momentos difíceis pelos quais os irmãos podem estar passando - enquanto vão crescendo, os irmãos e irmãs começam a se dar conta que nem todo mundo na sociedade tem as mesmas crenças e valores da sua família. Estejam também atentos ao fato de podem ficar mais sensíveis em certas situações sociais e sempre incluir o irmão com SD pode ser desconfortável algumas vezes.


4- Limitem as responsabilidades de guarda - crianças precisam ser crianças. Deixe que eles sejam irmãos e não um outro pai ou mãe. Seu filho com deficiência se beneficia mais por ter irmãos do que uma família cheia de pais.


5- Não valorize apenas as conquistas do filho com SD. Reconheça a individualidade de cada criança da família. Sempre diga a cada filho o que os torna tão especiais. Eles querem sentir que vocês os notam também. Comemore suas conquistas e reserve um tempo individual para cada um de seus filhos.


6- Sejam justos - ouçam os dois lados da história e se assegurem que cada criança tenha responsabilidades apropriadas ao seu nível de habilidade. Lembrem-se que nem sempre é o mais velho ou o filho mais capaz que começa uma briga; e que o filho com SD também pode ter tarefas e deveres em casa.


7- Quando os pais têm apoio, eles ficam melhor equipados para a caminhada. As crianças costumam se espelhar no exemplo de como os pais estão se comportando e lidando com a situação.


8- Procurem ou criem grupos de apoio a irmãos. Se um grupo não for possível, propicie a oportunidade de seus filhos encontrarem outras crianças com SD e seus irmãos.

(Baseado em "The Sibling Relationship: Attending to the Needs of the other Children in the Family" - Susan P. Levine. Traduzido e adaptado por Josiane Mayr Bibas - Associação Reviver Down)

As Etapas de uma Atividade: a Escovação dos Dentes

Esta atividade compreende várias etapas: pegar a escova, abrir a torneira, molhar a escova, fechar a torneira, abrir o tubo de pasta de dente, apertar o tubo, colocar a pasta sobre a escova, fechar o tubo, escovar os dentes, abrir a torneira, pegar um copo de água, bochechar. Doze etapas para uma atividade tão simples !


Vejamos o que é solicitado a cada uma destas etapas para a criança que aprende esta atividade.


1. Pegar a escova de dentes. A escova é segurada pelos quatro dedos colocados na palma da mão e o polegar é pouco ativo: é a preensão palmar, uma das primeiras que a criança desenvolve.


2. Abrir a torneira. É necessário um movimento de mão parecido com aquele que permite desrosquear, mais complexo que a preensão da escova.


3. Molhar a escova de dentes. A criança deve coordenar seus gestos para levar a escova debaixo do jato de água.


4. Fechar a torneira. É solicitado um movimento da mão parecido com aquele que permite rosquear.


5. Abrir o tubo de pasta de dentes. Este ainda solicita o movimento de desrosquear, mas é necessária a utilização das duas mãos e é mais difícil, porque a tampa da pasta de dentes é menor que a torneira.


6. Apertar o tubo de pasta de dentes. É necessário que a criança controle a força que exerce sobre o tubo: aperte forte para que a pasta de dente saia, mas não muito, para evitar esvaziar o tubo. O movimento da criança deverá ser muito controlado.


7. Colocar a pasta na escova. Para isso, ela deverá usar as duas mãos, ou somente uma, se a escova for colocada sobre a pia. Pressionando o tubo, a criança deve colocar lentamente a pasta sobre uma superfície estreita, solicitando a coordenação olho-mão. Esta etapa demanda um bom controle do movimento e um certo julgamento para estimar a quantidade de pasta dental necessária.


8. Escovar os dentes. A criança deverá saber onde se encontra sua boca e poder levantar seu braço para segurar a escova. Para fazer o movimento de escovação, mais uma vez é necessário ter uma boa coordenação. Além do mais, a criança deve ajustar seu movimento para alcançar os dentes de trás, no alto e embaixo. Ela não poderá ter uma grande sensibilidade na boca para aceitar o gosto da pasta. Para fazer o que é solicitado, deverá compreender o que significa no alto, atrás, na frente: dito de uma outra forma, deverá compreender as palavras que se referem ao espaço.


9. Abrir a torneira. Verificar a segunda etapa.


10. Encher um copo de água. Seu gesto deverá ser suficientemete coordenado para pegar a água no copo.


11. Fechar a torneira. Verificar a quarta etapa.

12. Bochechar a água. Quando tem um líquido na boca, a criança tem o hábito de engolir. Aqui é um outro movimento que lhe é solicitado: lhe pedimos para cuspir na pia, o que era, até então, proibido no momento das refeições. É, portanto, uma nova aprendizagem complexa.


Depois desta análise, quem ousaria dizer que a escovação dos dentes é uma atividade simples para uma criança? Ela exige o controle e a coordenação dos movimentos, uma boa compreensão das noções relativas ao espaço, um conhecimento elementar de seu corpo, um certo julgamento e uma compreensão global da atividade.

Analisar uma atividade permite a você vê-la sob um novo prisma, do ponto de vista da criança. Você pode determinar qual parte da atividade é mais fácil ou mais difícil para seu filho. Nas suas primeiras escovações, talvez ele tenha muita dificuldade em desrosquear e rosquear o tubo de pasta de dente, em colocar a pasta sobre a escova de dente. Você poderá ajudar a fazer estes movimento e deixá-la fazer sozinha os outros. Você pode, assim, prever as dificuldades, mas também apreciar as capacidades de seu filho.


Analisando assim, as atividades, talvez você constate que seu filho pode fazer, em parte, diversas atividades cotidianas. Quando você tira a roupa dele, ele não pode desabotoar sozinho a calça, mas poderá talvez retirá-la sozinho, uma vez que o zíper esteja abaixado. Ele pode não se vestir sozinho, mas talvez seja capaz de tirar a roupa, o que é mais fácil, assim como é mais fácil subir e descer uma escada.


Compreendendo melhor os desafios que representam as diversas etapas de uma atividade para seu filho, você saberá pedir somente o que está ao seu alcance e estará menos inclinado a exigir que ele realize toda a atividade sozinho ou, ao contrário, a fazer no seu lugar.


Para você se familiarizar com a análise de atividade, escolha uma (por exemplo, vestir-se, tomar banho), estabeleça as diferentes etapas e determine o que cada uma delas solicita de seu filho.
Algumas atividades não comportam verdadeiramente etapas, mas exigem também diversas capacidades. Tomemos como exemplo a atividade do brincar. Frequentemente, diante uma criança que brinca, o adulto sofre de miopia grave: ele não vê o que salta aos olhos, por exemplo que a criança está tranqüila e parece gostar da brincadeira. Se observar seu filho brincando e analisar o que se passa realmente, você descobrirá tudo o que está por trás da brincadeira, atividade às vezes subestimada pelos pais. Você verá o tipo de aprendizagem que faz a criança, o estimulo que ela consegue, as capacidades que utiliza, os obstáculos que supera, e você compreenderá melhor o prazer que ela sente.



Fonte: Além da deficiência física ou intelectual um filho a ser descoberto. Francine Ferland

6 de set. de 2011

O Engatinhar

Os educadores sempre escutam dos terapeutas: Na dúvida, engatinhe, engatinhe, engatinhe!! Isso simplesmente significa que o engatinhar é uma atividade fenomenal para um adequado desenvolvimento infantil e para um bom desempenho acadêmico.

Geralmente, pediátras, pais e educadores não dão à devida importância para o engatinhar e, isto acaba interferindo posteriormente, de forma negativa na vida da criança.

Como Terapeuta Ocupacional, é muito comum observar crianças com a habilidade de leitura baixa, dificuldade em cruzar a linha média de seu corpo, pobre estabilidade postural e pobre habilidade de escrita e controle motor fino; devido ao fato delas não terem vivênciado o engatinhar de maneira significativa.

As crianças e bebês devem explorar a posição prono (barriga para baixo) o maior tempo possível desde quando elas conseguem obter controle postural de pescoço e cabeça para brincar ou explorar o ambiente.

É importante ressaltar que crianças que não exploram a posição prono de maneira devida pode apresentar dificuldades no desenvolvimento e no desempenho acadêmico posteriormente. Com isso, sugiro que bebês não fiquem mais de que 30 minutos por dia no andador, jonny jumpers e cadeirinhas para que não haja retardo no desenvolvimento motor.

Fazendo a atividade do engatinhar, você promove para crianças e até mesmo adolescentes, um bom desenvolvimento nas áreas citadas abaixo:


1.Acalma o indivíduo, já que a atividade ativa os receptores de "trabalho pesado" (proprioceptivos) nos músculos e articulações;


2.Fortalece músculos que auxiliam na respiração;


3.Ajudam crianças a sentarem melhor na cadeira, já que a atividade promove o fortalecimento dos músculos das costas e do abdômem;


4.Coordena os dois lados do corpo e, assim, facilita o desenvolvimento da lateralidade;


5.Melhora a habilidade de escrita, através do fortalecimento de ombro, braço e estabilidade de punho;


6.Auxilia na habilidade de controle motor fino, já que a atividade fortalece a musculatura intrínseca da mão;


7.Reduz a sensibilidade tátil através do tato profundo provocado pelo o atrito da mão ao chão;


8.Integra vários reflexos primitivos. A integração destes é vital para o ganho de complexas habilidades motoras;


9.Fortalece tronco, ombro e braço; habilidades essas necessárias para um bom controle postural;


10.Facilita a comunicação dos dois hemisférios cerebrais, cruzando assim, a linha média cerebral e gerando habilidades para uma boa leitura;


11.Aumenta tônus muscular, força muscular e coordenação corporal.

http://planeta-sensorial.blogspot.com (RECOMENDO)

Modelo DIR / Floortime

As perturbações do espectro autista enquadram-se no grupo de perturbações mais severas com que os profissionais de saúde mental infantil têm de lidar.
A gravidade das repercussões no desenvolvimento das crianças, em áreas como a socialização, a comunicação e a aprendizagem, bem como as incertezas relativamente à etiopatogenia, diagnóstico e prognóstico, fazem deste tipo de perturbação uma área de grande estudo, debate e preocupação tanto para os clínicos como para os investigadores (Volkmar & Lord, 1998).

O modelo D.I.R (Modelo baseado no Desenvolvimento, nas Diferenças Individuais e na Relação) é um modelo de intervenção que tem vindo a ser desenvolvido pelo Interdisciplinary Council on Developmental and Learning Disorders, dirigido por Stanley Greenspan e Serena Wieder, nos EUA. É um modelo de avaliação e intervenção que associa a abordagem Floortime com o envolvimento e participação da família, com diferentes especialidades terapêuticas (terapia ocupacional, fonoaudiologia) e a articulação e integração nas estruturas educacionais.

Existe um grande número de investigações e de observações clínicas que contribuem para a conceitualização de uma abordagem compreensiva do desenvolvimento de crianças com PEA e outras perturbações de desenvolvimento nas relações interpessoais e na comunicação. Estes determinam como a avaliar e intervir:

Capacidades desenvolvimentais de funcionalidade
-A partilha da atenção e a regulação;
-O envolvimento nas interacções;
-Afeto recíproco e comunicação gestual;
-Jogo pré-simbólico complexo, comunicação social e resolução de problemas, incluindo imitação e atenção conjunta;
-Uso simbólico e criativo de ideias, incluindo jogo simbólico e uso pragmático da linguagem;
-Uso lógico e abstrato de ideias, incluindo capacidade para expressar sentimentos.

Diferenças individuais
-Modulação sensorial (por exemplo, em que medida a criança é hiper ou hipo-responsiva às sensações);
-Processamento Auditivo e Visuo-espacial;
-Planejamento Motor.

Relacionamentos e padrões de interação
-Padrões de interação com o cuidador, pais e família;
-Padrões educacionais;
-Padrões de interação com os pares.

A intervenção baseada na abordagem DIR pode ser conceitualizada como uma pirâmide, em que cada um dos seus componentes constituintes é construído sob o outro.







Floortime



Floortime, desenvolvido pelo psiquiatra infantil Stanley Greenspan, é um método de tratamento que tem em conta a filosofia de interagir com uma criança autista. Floortime é baseado na premissa de que a criança pode melhorar e construir um grande círculo de interesses e de interação com um adulto que vá ao encontro da criança.


Esta abordagem tem como objetivo ajudar a criança autista a tornar-se mais alerta, ter mais iniciativa, tornar-se mais flexível, tolerar a frustração, planejar e executar sequências, comunicar usando o seu corpo, gestos e verbalização.


Note-se que floortime não é um momento para ensinar, mas sim, explorar a espontaneidade, iniciativa da criança e suas verbalizações, uma vez que o mais importante é despertar na criança o prazer de aprender.


No floortime, os pais iniciam uma brincadeira que a criança goste ou se interesse e seguem os comandos da criança. A partir dessa interação, os pais ou o adulto envolvido na terapia, são instruídos em como levar a criança para atividades de interação mais complexa, processo conhecido como "abrindo e fechando círculos de comunicação". Floortime não separa as diferentes habilidades da fala, habilidades motoras ou cognitivas, mas guia essas habilidades, enfatizando o desenvolvimento emocional. A intervenção é chamada floortime, porque os adultos vão para o chão para uma melhor interação com a criança.

Assim, a abordagem floortime é um modo de intervenção interativa não dirigida, que tem como princípios básicos: seguir a atividade da criança; entrar na sua atividade e apoiar as suas intenções, tendo sempre em conta as diferenças individuais e os estágios de desenvolvimento emocional da criança; através da nossa própria expressão afetiva e das nossas ações, levar a criança a envolver-se e a interagir conosco; abrir e fechar ciclos de comunicação (comunicação recíproca); alargar a gama de experiências interativas da criança através do jogo; alargar a gama de competências motoras e de processamento sensorial; adaptar as intervenções às diferenças individuais de processamento auditivo e visuo - espacial, planejamento motor e modulação sensorial; tentar mobilizar em simultâneo os seis níveis funcionais de desenvolvimento emocional (atenção, envolvimento, reciprocidade, comunicação, utilização de sequências de ideias e pensamento lógico emocional).


Fonte: http://umolhardiferente-to.webs.com

Porque é que a Terapia Ocupacional é importante para as crianças com autismo?

Neste artigo a terapeuta ocupacional Corinna Laurie, que exerce funções em contexto escolar e é diretora da “ Evolve Children’s Therapy...