12 de mar. de 2014

Processamento sensorial na criança com TDAH - PARTE 2

PROCESSAMENTO SENSORIAL: TEORIA DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL

Desenvolvida pela terapeuta ocupacional e neurocientista Jean Ayres, a Teoria de Integração Sensorial surgiu em resposta à busca por uma maior compreensão sobre a relação entre as sensações corporais, os mecanismos cerebrais e a aprendizagem. Assim, a integração sensorial foi definida como “...o processo neurológico que organiza as sensações do próprio corpo e do ambiente de forma a ser possível a geração de respostas adaptativas adequadas, a partir do uso eficiente do corpo no ambiente...”. Outra terminologia amplamente utilizada na literatura é o processamento sensorial, definido como a habilidade do sistema nervoso central de absorver, processar e organizar respostas adequadas às informações trazidas pelos sentidos. Em busca de uma padronização dos termos, Miller et al. propuseram a utilização do termo
integração sensorial quando relacionado à teoria e à intervenção terapêutica, sendo o termo processamento
sensorial voltado para o diagnóstico. Segundo Parham & Mailloux11, o funcionamento cerebral é necessariamente dependente dos inputs sensoriais, ou seja, das informações sensoriais recebidas do próprio corpo ou do ambiente, no qual o indivíduo está inserido. Uma vez captadas, as informações sensoriais devem ainda ser integradas e organizadas adequadamente pelo cérebro, para que o mesmo possa
produzir comportamentos adaptados, entendidos como competências de aprendizagem. Ayres refere que a aprendizagem pode ser compreendida de forma global, incluindo não somente o desenvolvimento cognitivo, as aquisições de conceitos, ou as aprendizagens escolares, como também as várias dimensões do comportamento adaptativo, todos eles dependentes do funcionamento adequado do processamento
sensorial. Dessa forma, a Teoria de Integração Sensorial tem como abordagem a discussão sobre o modo
como o cérebro processa as sensações, produzindo respostas motoras, comportamentais, emocionais
e atencionais, tratando-se de uma teoria sobre as relações cérebro-comportamento, assim
como sobre as relações cérebro-aprendizagem.

Porque é que a Terapia Ocupacional é importante para as crianças com autismo?

Neste artigo a terapeuta ocupacional Corinna Laurie, que exerce funções em contexto escolar e é diretora da “ Evolve Children’s Therapy...