Histórias
sociais são comumente usadas para crianças com TEA (Transtorno do Espectro do
Autismo). Histórias sociais são descrições curtas e simples que são criadas com
a intenção de ajudar a criança a entender uma atividade ou situação particular,
junto com comportamentos que são esperados da criança nessa situação
particular. Essas histórias também dão informações precisas sobre o que a
criança poderia testemunhar ou experimentar em uma situação particular.
PARTE 1 - Criando uma
História Social
Decida o assunto da sua história. Algumas histórias sociais devem ser usadas de forma geral, enquanto outras têm como objetivo um evento, situação ou atividade específica.
- Exemplos de histórias sociais que podem
ser usadas de forma geral são: como lavar as mãos, como organizar a mesa
para o jantar. Exemplos de histórias que têm objetivos específicos são: ir
fazer um check-up no médico, andar de avião.
- Histórias sociais que têm um propósito
geral podem ser lidas e revisadas uma ou duas vezes por dia, dependendo da
criança e da habilidade que ela tem de entender o comportamento. Mas as
histórias sociais que têm um propósito específico devem ser lidas ou
revisadas bem antes do evento ou da atividade.
- Por exemplo, uma história social sobre
visitar o consultório do médico para fazer um check-up deve ser lida bem
antes de a criança sair para o check-up.
Limite sua história em apenas um assunto. Uma criança com TEA não consegue lidar com muitas coisas ao mesmo tempo. Então tenha cuidado com as informações dadas através de histórias sociais, de forma que uma única história lide apenas com um comportamento particular, com uma emoção, evento ou situação. Isso é porque crianças com TEA acham extremamente difícil absorver mais de uma única ideia ou informação de uma vez.
Faça com que o personagem principal
seja semelhante à criança. Tente fazer o herói da história parecer com a
criança. Você pode fazer isso através da aparência física, do gênero, do número
de membros da família que a criança tem, interesses ou habilidades.
·
Quando a criança começar a perceber que a criança da história e ela são
semelhantes, será mais fácil para você, como a narradora, transmitir sua
mensagem. A esperança é que a criança comece a se relacionar com a história e
faça o que o personagem faça.
·
Por exemplo, quando você for contar uma história ao Alexandre, você pode
dizer “Era uma vez um garoto chamado Alex, ele era inteligente, esperto, alto,
bonito e amava jogar basquete como você.”
Pense em transformar a sua história em um pequeno livro. Histórias podem ser lidas para a criança, ou ela pode levar na forma de um livro simples, que ela pode sempre carregar em uma mochila e ler sempre que sentir vontade.
- Crianças com autismo aprendem melhor
através da visão, então figuras, fotos e desenhos podem ser incluídos na
história para chamar a atenção dela e fazê-la parecer mais interessante
para a criança.
- O aprendizado pode ser maximizado quando
a participação da criança é voluntária em vez de imposta
Crie
histórias sociais positivas. Histórias sociais
devem sempre ser apresentadas de forma que a criança consiga associá-las com
comportamentos positivos, instrumentos positivos para combater emoções
negativas, e formas positivas de abordar e aceitar situações e atividades
novas.
- A história social não deve ter nenhum
tom negativo. A atmosfera, a atitude e o tom faz pessoas envolvidas na
apresentação da história devem ser positivos, confortantes e pacientes o
tempo todo.
Envolva as pessoas que
aparecem como personagens na história. Ajuda envolver
diretamente as pessoas que têm uma parte história: por exemplo, se a história
for sobre compartilhar os brinquedos com os outros, pode ser útil envolver o
irmão ou um amigo da criança.
- A criança conseguirá se relacionar
melhor e também ver por si mesmo como é compartilhar com os outros, e
poderá ver a mudança na atitude do irmão ou do amigo em relação a ela
quando ela está disposta a compartilhar.
- Isso irá encorajar comportamentos cada
vez mais positivos e recompensadores.
Mantenha o humor da criança
em mente quando for contar uma história. O tempo, o local e o
humor devem ser levados em consideração ao apresentar uma história social à
criança: ela deve estar em um humor sem ansiedade, renovada, relaxada e
energética.
- Você não deve contar a história quando a
criança estiver com fome ou cansada. A essência da história não poderá ser
absorvida pela criança quando seu humor e energia estiverem comprometidos.
- Além disso, o local não deve ter luzes
muito fortes, barulhos ou outras distrações às quais a criança pode ficar
sensível. Contar uma história em circunstâncias erradas não vale a pena.
Considere contar uma história social sobre um
comportamento específico bem antes de você pedir para a criança demonstrar esse
comportamento. Histórias sociais são altamente
eficazes quando contadas antes que o comportamento esperado tenha que
acontecer.
·
Como a história estará bem fresca na mente da criança, ela irá se
lembrar do que aconteceu e espera-se que ela tente agir da mesma forma que ela
ouviu na história.
·
Por exemplo, se a história for sobre compartilhar seus brinquedos, a
professora pode ter uma sessão de histórias bem antes da hora do intervalo,
para que o efeito fique fresco na mente da criança durante o intervalo, onde
ela pode praticar o compartilhamento dos brinquedos com as outras crianças.
Crie histórias diferentes para necessidades diferentes. Histórias sociais também podem ser usadas para ajudar uma criança com TEA a lidar com emoções e sentimentos incontroláveis. Por exemplo, essas histórias podem envolver narrativas sobre o que fazer quando você não sente vontade de compartilhar seus brinquedos com os outros, como lidar a com a morte de uma pessoa amada, etc.
- Histórias
sociais também podem ensinar as habilidades sociais necessárias para a
criança, como se comunicar com os outros de forma que não cause um
conflito, comunicar as necessidades e desejos de maneira adequada,
construir amizades e relacionamentos. Isso é necessário frequentemente,
porque crianças com TEA não tem muitas habilidades sociais adequadas.
- Histórias
sociais também podem transmitir habilidades para a criança que são
essenciais para a manutenção da limpeza e da higiene, por exemplo, o que
fazer depois de acordar, como usar o vaso sanitário, como lavar as mãos,
etc
Peça para a criança lhe contar uma história. Histórias são as melhores formas para uma criança comunicar sua cognição com outras pessoas. Às vezes, peça para a criança lhe contar uma história que ela tenha criado. Através dessa história, tente ver se ele inclui as histórias que você têm contado a ela, ou se ela inventa a própria história.
- Geralmente,
crianças criam histórias sobre o que elas passam todos os dias, ou sobre o
que elas gostariam de viver todos os dias. Com a ajuda dessas histórias,
tente julgar se seu filho está pensando da forma correta ou se ele está
falando sobre coisas que não são apropriadas para a idade dele. Também
tente identificar se ele está passando por algum problema que ele pode
contar na história.
- Por
exemplo, se a criança contar uma história como “uma vez, tinha uma garota
muito malvada que batia em todo mundo na escola e roubava a comida dos
colegas”. Dessa forma, seu filho pode estar tentando lhe contar sobre um
problema de bullying que ele pode estar tendo na escola com ‘essa’ garota.
Substitua uma história com outra história
quando seu filho entender o conceito sendo transmitido. As histórias
sociais podem ser modificadas dependendo das habilidades que a criança obtém.
Você pode remover certos elementos de uma história e adicionar novos elementos
para se adequar à condição atual da criança.
- Por
exemplo, se a criança agora entende como pedir um intervalo quando se
sentir sobrecarregado, então a história que lida com esse comportamento
pode ser mudada ou a frequência com que você conta essa história em
particular pode ser reduzida.
PARTE 2 - Aprendendo Frases das Histórias
Sociais
Crie frases descritivas. Essas frases
falam sobre uma situação ou evento particular, então dê detalhes como quem são
os participantes ou quem está envolvido na situação, o que os participantes vão
fazer e o motivo por trás do envolvimento deles. As frases incluem ‘onde’,
‘quem’, ‘o que’ e ‘por que’.
- Por
exemplo, se uma história for sobre lavar as mãos depois de usar o
banheiro, frases descritivas devem ser usadas para falar sobre a situação
e fornecer situações sobre quem deve lavar as mãos e por que (para
prevenir a propagação de germes).
- Frases
descritivas fornecem informações factuais.
Use uma frase de perspectiva para transmitir
pensamentos e emoções. Essas frases falam sobre a psique da pessoa em
relação a uma situação particular, incluindo as emoções da pessoa, pensamentos
e humor.
- Por
exemplo, “mamãe e papai gostam quando eu lavo minhas mãos. Eles sabem que
é bom lavar as mãos depois de usar o banheiro.”
Use frases diretivas para ensinar a criança sobre respostas adequadas. Use frases diretivas para falar sobre respostas ou comportamentos desejados.
- Por
exemplo: “Eu vou tentar lavar minhas mãos toda vez que eu usar o
banheiro”.
Use frases afirmativas para destacar outras
frases. Frases
afirmativas podem ser usadas com as frases descritivas, de perspectiva ou
diretivas.
- Frases
afirmativas aumentam ou destacam a importância da frase, seja se for
descritiva, de perspectiva ou diretiva.
- Por
exemplo, “Eu vou tentar lavar minhas mãos depois de usar o banheiro. É
muito importante fazer isso”. A segunda frase está destacando a
importância de lavar as mãos.
Crie frases cooperativas que ensinam a
importância das outras pessoas. Essas frases fazem a criança
entender/perceber a importância dos outros na situação ou atividade.
- Por
exemplo, “Tem muito trânsito na pista. Minha mãe e meu pai podem me ajudar
a atravessar a rua”. Isso ajuda a criança a entender que ele precisa
cooperar com a mãe e com o pai para poder atravessar a rua.
Escreva frases de controle
para servir como lembretes para a criança. Frases de
controle devem ser escritas a partir da perspectiva da criança com DEA para
ajudá-la a lembrar e aplicar a frase em uma situação particular. Elas são como
frases personalizadas.
- Por exemplo, “Eu preciso comer vegetais
e frutas em toda refeição para ficar saudável, assim como as plantas
precisam de água e da luz do sol para crescerem.”
Use frases parciais para
ajudar a história a se tornar interativa. Essas frases
ajudam a criança a adivinhar algo sobre a situação. A criança poderá adivinhar
o próximo passo em uma situação.
- Por exemplo, “meu nome é ----- e o nome
do meu irmão é ------- (frase descritiva). Meu irmão vai se sentir ------
quando eu compartilhar meus brinquedos com ele (frase de perspectiva).”
- Frases parciais podem ser usadas com
frases descritivas, de perspectiva, cooperativas, afirmativas e de
controle, e podem ser usadas quando a criança tiver um bom entendimento
sobre certas situações e sobre quais comportamentos são adequados e
esperados dela.
PARTE 3 - Usando
Histórias Sociais para Propósitos Diferentes
Entenda que histórias
diferentes podem servir para propósitos diferentes. Histórias
sociais podem ser usadas para vários propósitos diferentes, por exemplo: para
acostumar a criança a qualquer mudança na rotina, a novos ambientes, para
eliminar os medos e as inseguranças dela, para ensiná-las sobre higiene e
limpeza, para apresentar certos procedimentos a elas, etc.
Conte para a criança uma história
que a ajude a expressar suas emoções e pensamentos. Por
exemplo, a história pode ser algo como “Eu estou com raiva e triste. Eu sinto
vontade de gritar e bater nos outros. Mas isso iria deixar as pessoas chateadas
e ninguém iria querer brincar comigo. Minha mãe e meu pai disseram que eu devo
dizer para um adulto que está comigo que eu me sinto frustrado. Eu estou
respirando profundamente porque isso me impedirá de gritar e bater nos outros.
Eu vou me sentir melhor em breve.”
Use uma história para ajudar a criança a se preparar para uma visita ao médico ou ao dentista. Uma história social específica deve ser desenvolvida para preparar mentalmente a criança para o que ela pode esperar ver e experimentar no consultório do médico.
- Isso é muito importante porque tem-se
observado que crianças com autismo geralmente são incomodadas por luzes
fortes, barulhos altos, proximidade e por toques, devido à sua reação
exagerada a estímulos sensoriais. Uma consulta com o médico envolve a
maioria das coisas citadas acima. Portanto, é essencial para a criança
estar preparada, treinada e equipada mentalmente para encarar essas
visitas e cooperar com o médico e com os pais.
- As histórias podem abordar aspectos como
a aparência do consultório do médico, quais brinquedos e livros de criança
ele pode usar no consultório, como será a iluminação, como serão os
procedimentos, como ele deve responder ao médico, etc.
Crie uma história que
apresente conceitos, regras e comportamentos novos. Histórias
sociais podem ser usadas para apresentar à criança novos jogos e esportes
durante as sessões de educação física. Elas podem aprender uma habilidade
envolvida para jogar futebol ou basquete.
- Histórias sociais também pode ajudar a
ensinar a criança sobre os comportamentos sociais esperados ao praticar
esportes. Por exemplo, a criança pode não estar disposta a compartilhar ou
passar a bola para outras crianças envolvidas. Então ao ensinar a elas as
habilidades e técnicas de jogar futebol ou basquete, as histórias sociais
podem ser introduzidas e integradas com as lições para ensiná-las a
compartilhar, por que é importante compartilhar, etc.
- Esporte é uma área que pode ser usada
para ensinar às crianças com DEA as habilidades da vida. Através de
histórias sociais sobre esportes, a criança pode aprender habilidades
sociais, que podem dar uma oportunidade para ela fazer amizades e ganhar
confiança.
Conte para a criança uma
história social que ajude-a a reprimir seus medos. Histórias
podem ser usadas se uma criança com DEA estiver começando a ir para a escola ou
mudando de escola, mudando para uma casa nova ou indo para outra série.
Qualquer que seja a razão, mudanças podem causar medo e ansiedade.
- Então a criança pode ser apresentada a
uma nova série, vizinhança ou escola através de histórias, com histórias
individuais falando sobre a nova classe, a hora do intervalo, a
biblioteca, o parquinho. Com essas histórias, você pode tentar
familiarizar a criança ao novo ambiente, levando-a para visitar.
- Como a criança já visitou os lugares
através das histórias, ela se sente menos insegura e menos ansiosa para
explorar o lugar. É fato que crianças com DEA acham difícil lidar com
mudanças. Mas quando essas mudanças são planejadas e há uma preparação
envolvida, a criança pode aceitar com menos resistência.
Divida as histórias em
partes para ensinar a criança sobre os comportamentos desejados. Às
vezes, histórias podem ser divididas em partes para simplificar a compreensão
da criança. Pode ser útil para eventos significantes, como se preparar para uma
viagem de avião.
- A história precisará ser muito
detalhada, e envolverá coisas como a necessidade de esperar na fila, a
necessidade de esperar na sala, o que a criança deve fazer enquanto
espera, como ela deve se comportar – ficar com a mãe ou o pai, segurar a
mão deles, sem gritar.
- No exemplo acima sobre viajar de avião,
a primeira parte da história pode falar sobre situações que envolvem se
preparar para a viagem, como fazer as malas e sair para o aeroporto, por
exemplo:
- "O lugar para onde estamos viajando
é mais quente do que nossa cidade, então eu preciso levar roupas mais
leves, sem jaquetas pesadas. Pode chover de vez em quando, então eu
preciso levar um guarda-chuva. Eu terei muito tempo para mim mesmo nesse
lugar, então eu vou levar meus livros preferidos, meus brinquedos pequenos
e meus jogos.”
Crie a segunda e terceira
parte da história sobre o comportamento adequado. A
segunda parte pode falar sobre o que a criança pode esperar ver no aeroporto,
por exemplo:
- "Haverá muitas pessoas no
aeroporto. Isso é normal porque elas estão viajando, assim como eu. Minha
mãe e meu pai têm um bilhete de passagem, e assim nós temos permissão de
ir para o avião. Para isso, nós precisamos esperar a nossa vez na fila.
Isso pode demorar um pouco. Eu posso ficar na fila com mamãe e papai ou eu
posso me sentar no carrinho perto deles. Eu também posso ler um livro se
eu quiser.”
- A terceira parte pode falar sobre o que
esperar quando a criança já estiver no voo e como se comportar adequadamente.
Por exemplo: “Haverá filas e poltronas e muitas pessoas no voo. Um
estranho pode se sentar do meu lado, mas não tem problema. Eu tenho que
colocar o sinto assim que eu me sentar no avião, e eu devo sempre manter o
cinto afivelado. Se eu precisar de algo, ou precisar dizer algo, eu devo
dizer bem baixinho para mamãe e papai. Não devo gritar, chutar, rolar,
bater... eu tenho que ficar calmo o tempo todo no avião e ouvir mamãe e
papai.”
DICAS
- As frases descritivas e de perceptiva
devem dominar as frases diretivas e de controle. Você deve usar apenas 1
frase diretiva ou de controle para cada 4 a 5 frases descritivas e de
perspectiva.
- Histórias sociais podem ser usadas tanto
na sala de aula como em casa. Elas não envolvem nenhuma complexidade,
então podem ser usadas por professores, terapeutas e pais.
- Histórias sociais são usadas para
preparar a criança para algo (estar em um evento, para um dia, para um
local…) com uma visão para ajudar a criança a aceitar as mudanças, para
que ela saiba o que esperar, para que ela saiba que não tem problema fazer
algo, para que ela entenda quais são os comportamentos adequados em uma
situação social em particular e para motivar os melhores comportamentos
possíveis da criança.
Texto retirado de http://pt.wikihow.com/Usar-Hist%C3%B3rias-Sociais
FONTES E CITAÇÕES
- http://www.thegraycenter.org/social-stories/what-are-social-stories
- http://www.teachingace.com/social-stories-for-behavior-management/
- http://www.setbc.org/pictureset/resource.aspx?id=247
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- http://autism.healingthresholds.com/research/use-social-stories-teachers-and-their-perceived-efficacy
- http://www.castanet.net/edition/news-story-62229-1010-.htm
- http://www.educateautism.com/social-stories/are-social-stories-effective.html
- http://www.brownsvilleherald.com/news/valley/article_5493184c-2f5f-503a-af6f-fe10592570f0.html
- http://www.autism.org.uk/living-with-autism/strategies-and-approaches/social-stories-and-comic-strip-conversations/social-stories-their-uses-and-benefits.aspx
- http://www.autism.org.uk/living-with-autism/strategies-and-approaches/social-stories-and-comic-strip-conversations/introducing-and-using-social-stories.aspx
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- http://www.eeraonline.org/journal/files/v22/JRE_v22n2_Article_3_Bucholz.pdf
- http://www.educateautism.com/social-stories.html
- http://selpa3cac.org/pdf/Social_Stories_MikeSloan.pdf
- http://www.ucl.ac.uk/educational-psychology/resources/CS2Crane.pdf